São Paulo - A Operação Câmbio, Desligo, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 3, agiu contra Antônio Claudio Albernaz Cordeiro, conhecido como Tonico, em Porto Alegre. Ele já havia sido alvo da 23ª fase da Lava-Jato, a "Xepa", mas foi liberado ao fim do período da prisão temporária.
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PF cumpre mandados contra doleiros envolvidos na Lava-JatoPF busca Dario Messer, um dos 'doleiros dos doleiros'"No caso em concreto o codinome utilizado pelo setor de operações estruturadas para definir Eliseu Padilha nesta operação financeira foi "Angorá". A título de informação, que reforça a relação de representação entre Eliseu Padilha e Moreira Franco, este último tem o apelido de Gato Angorá", diz o delator na página 53 do anexo sobre o pagamento dos R$ 4 milhões para Padilha.
O ministro Eliseu Padilha negou qualquer relacionamento. "Não fui candidato em 2014. Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja. A acusação é uma mentira! Tenho certeza que no final isto restará comprovado", explicou Padilha na época.
Como parte da Operação Lava-Jato, a Câmbio, Desligo tem como objetivo desarticular organização criminosa especializada na prática de crimes financeiros e evasão de divisas, responsável por complexa estrutura de lavagem de dinheiro transnacional, ocultação e ocultação de divisas. São cumpridas 43 ordens de prisão preventiva no Brasil e mais seis no exterior, além de quatro mandatos de prisão temporária e 51 mandados de busca e apreensão.
A delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, resultou na operação.
Esta é a maior ofensiva já desfechada no País contra o mundo dos doleiros. Os maiores operadores do câmbio negro estão sendo presos. Nomes históricos, alguns até então intocáveis, são alvo de mandado de prisão, como a família Matalon, Marco Antônio Cursini, os irmãos Rzezinski e Chaaya Moghrabi.
(Fausto Macedo).