O líder de governo na Assembleia, deputado Durval Ângelo (PT) afirmou, nesta segunda-feira (7) – véspera de uma possível decisão do presidente da Casa, Adalclever Lopes (MDB) sobre o pedido de impeachment do governador Fernando PImentel (PT) – que o conflito não ajuda o estado. O petista disse que vai aguardar um posicionamento do emedebista sobre o processo de afastamento para falar sobre as exonerações de funcionários indicados pelo PT na Assembleia, publicadas no sábado no Diário Legislativo.
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Adalclever exonera funcionários indicados pelo PT na Assembleia Pedido de impeachment contra Pimentel tem tramitação suspensa na ALMGPimentel tem maioria para barrar impeachment, diz líder do governoImpeachment suspenso
Os governistas aguardam para esta terça-feira uma resposta de Adalclever a duas questões de ordem de petistas que suspenderam a aceitação do pedido de impeachment na Assembleia. Nelas, o PT alega, entre outras coisas, que a leitura da aceitação do pedido teria de ter sido feita por Adalclever e não pelo vice-presidente Lafayette Andrada (PRB).
No sábado, Adalclever exonerou 62 funcionários comissionados lotados no Gabinete da Liderança do Governo e na Presidência da Assembleia Legislativa. A medida foi vista como uma declaração de guerra pelo PT.
Durval divulgou um breve pronunciamento à imprensa no qual disse que, nos três anos e meio de governo Pimentel, o sucesso no processo Legislativo teve a presença de Adalclever. “Além do mais, temos 24 anos de caminhada com o MDB de Minas, é uma trajetória de sucesso”, afirmou o líder.
“Hoje o que a gente quer é o que sempre tentamos na Assembleia: buscar o diálogo, o entendimento, que é o melhor para a governabilidade e para o povo de Minas. O conflito, a crise não ajudam os mineiros neste momento”, disse Durval.
Os aliados de Pimentel estão evitando comentar a crise na Assembleia, que pode abrir um processo de impeachment contra o petista com a ajuda do presidente da Casa. Parlamentares do MDB afirmam que as decisões sobre o assunto tem sido exclusivamente de Adalclever, que iniciou o conflito depois de o PT anunciar que lançaria a ex-presidente Dilma Rousseff para concorrer ao Senado em Minas. Até então, a vaga de candidato era do presidente da Assembleia.
As exonerações de comissionados do PT foi vista como uma declaração de guerra. O núcleo duro de Pimentel está avaliando estratégias para isolar Adalclever e tentar reverter o processo de impeachment na Casa.