Niterói - O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta terça-feira, 8, que o Brasil precisa ser "desinterditado" para voltar a crescer e se desenvolver. Ele afirmou que o País "não cabe" no debate que opõe "coxinhas" e "mortadelas". Com outros dez presidenciáveis, Ciro participou da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, realizada em Niterói, no Grande Rio.
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Ciro Gomes nega chapa com Haddad: 'É preciso respeitar o tempo do PT'Ciro Gomes: Não sou Dilma; você acha que um marginal como Cunha me derrubaria?Para Jaques Wagner, PT pode ser vice de Ciro GomesChance de aliança com PT no 1º turno é próxima de zero, diz Ciro Gomes Ciro diz que Benjamin Steinbruch pode ser vice em sua chapa"O problema é tão grave, tão ameaçador, que é impossível um dono da verdade chegar a Brasília e dizer deixo que eu resolvo. Todas as soluções serão doídas. É preciso por em discussão sem dogma de fé. O tripé macro econômico virou algo indiscutível no Brasil", afirmou.
"Quando Fernando Henrique tomou posse, a carga tributária era de 27% do PIB.
Ele ressaltou as dificuldades que as prefeituras terão com a PEC dos gastos públicos. "Chegamos ao limite de paroxismo. É a menor taxa de investimento da história do Brasil desde 1947 e com essa PEC haverá um garrote vil sobre a essencialidade dos custos das universidades, da saúde. Os repasses da União vão despencar, por uma maluquice que não tem precedente no mundo. É uma incongruência estúpida que vamos ter que desmontar".
Ciro também defendeu a superação "do presidencialismo à brasileira". "O Brasil tem uma tragédia acontecendo, e o lado bom é que o pacto federativo está de tal forma rasgado, que temos condição tranquila de fazer uma grande reforma que saneie as contas e desinterdite o Brasil", disse.
A reunião de prefeitos é o primeiro evento com múltiplos candidatos nesta fase de pré-campanha eleitoral. Os presidenciáveis falam separadamente, depois de assistirem a um vídeo onde são mencionadas propostas discutidas pelos prefeitos nos últimos dias.
Já falaram Rodrigo Maia (DEM), Álvaro Dias (PODE), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Afif Domingos (PSD), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Marina Silva (REDE). Também falarão Aldo Rebelo (SD), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Paulo Rabello (PSC).
Foram convidados os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas ou que são de partidos com pelo menos cinco parlamentares. O deputado Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu e não justificou a ausência, diante do questionamento da reportagem. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso, pediu para enviar um representante, mas a FNP não concordou. Então Lula enviou uma carta à entidade.
Barbosa
Após participar da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Ciro Gomes disse que ainda é 'muito cedo' para falar em aliança com outros partidos. Ciro declarou respeitar a candidatura do ex-presidente Lula e pediu que fosse respeitada a tradição política do PSB, que hoje anunciou a desistência do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa de entrar na disputa.
"O PT tem candidato e eu respeito isso com minha alma e meu cérebro. Chega de intriga", disse.
"Ninguém sabe porque ele não tinha se posicionado ainda. É uma pessoa que passou dois anos em horário nobre (na TV), mas ainda não tinha se posicionado sobre economia, sobre desenvolvimento", disse.
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