A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta quinta-feira, 10, que as leis brasileiras são feitas, majoritariamente, por homens, sem levar em consideração a realidade das mulheres. "Somos parte de uma sociedade em que predomina ainda o olhar do homem pelo homem", disse.
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STF nega liberdade ao ex-presidente LulaMinistros do STF divergem sobre proposta de Toffoli para restringir foro de todosLíderes a favor e contra prisão de Lula elogiam pronunciamento de Carmen LúciaExcesso de burocracia facilita a corrupção, diz Cármen LúciaAo subir no palco, a presidente foi ovacionada pelas mulheres presentes na plateia. "Leis são feitas majoritariamente por homens sem levar em consideração a nossa realidade, que é diferente e que se soma à do homem. Nós não queremos, definitivamente, um mundo de mulheres, por mulheres ou para mulheres. Queremos um mundo de homens e mulheres felizes", disse Cármen.
Em sua fala, a ministra afirmou que a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho é decorrente de um "enorme" preconceito contra as mulheres. "Nós podemos ser maioria no Brasil em termos de formação intelectual, mas em termos de posicionamento no mercado de trabalho, é exatamente e, infelizmente, demonstração de que a igualdade ainda não aconteceu entre homens e mulheres", afirmou.
Às mulheres presentes, Cármen destacou a importância de um aprendizado permanente. "Mas não adianta apenas aprender.
Cármen Lúcia falou por pouco mais de sete minutos. Às 13h30, a presidente do STF recebe a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em seu gabinete. Em seguida, participa de sessão de julgamento, às 14h.
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