São Paulo, 10 - O promotor Luiz Eduardo Levit Zilberman denunciou o ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o "Maninho do PT", e seu filho, Leandro Eduardo Marinho, o "Maninho", por tentativa de homicídio contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, no dia 5 de abril, em frente à sede do Instituto Lula, em São Paulo.
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Homem envolvido em briga em frente ao Instituto Lula sofreu traumatismo cranianoHomem ferido em acampamento pró-Lula deve ter alta da UTI nesta segunda"À certa altura, quando Carlos Alberto já estava na via e fora da calçada, os indiciados, mesmo percebendo a aproximação de um caminhão pela via, assumindo e aceitando os riscos de produzir o resultado morte, empurraram derradeiramente a vítima em direção à rua com violência", afirmou.
Bettoni bateu a cabeça em uma peça do caminhão e foi hospitalizado. "Os indiciados, após constatarem que o ofendido estava imóvel e desacordado na rua, dando claras mostras uma vez mais de que o resultado morte lhes era absolutamente indiferente, afastaram-se do local, sem prestar qualquer socorro a ele mesmo estando a poucos metros do Hospital São Camilo situado nas imediações. Ainda assim, negaram socorro à vítima, assumindo o risco de que a morte pudesse ocorrer", acusa o promotor.
Para o promotor, o "crime foi cometido por motivo torpe decorrente de intolerância diante da suposição de que a vítima estivesse no local a protestar contra o ex-presidente da República e seus apoiadores políticos".
"O crime foi cometido com emprego de meio cruel eis que, ao projetarem a vítima com empurrões em direção à via por onde trafegava veículo de grande porte, os indiciados elegeram, para prática delitiva, meio apto a provocar no ofendido intenso e atroz sofrimento físico, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade humana", concluiu.
Defesas
A reportagem está tentando contato com a defesa de Maninho do PT, mas não havia obtido resposta até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.
Daniel Bialski, que defende o empresário Carlos Alberto Bettoni ressalta ser "evidente que estamos diante de um caso de homicídio, que não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos agressores". E, complementa "Carlos Alberto teve sorte de existir hospital defronte ao local dos fatos. O Ministério Público foi diligente e célere, referendando nosso pedido para adequação típica em sua primeira manifestação e, neste momento, com o oferecimento da denúncia, se aguardando a abertura da ação penal. Esperemos agora a punição exemplar dos autores deste hediondo ato" conclui Bialski..