Brasília - Além de rever a quantidade de seguranças à disposição dos ministros e familiares, o Supremo Tribunal Federal (STF) negocia a compra de um lote de coletes à prova de bala para uso dissimulado, sob a roupa social. A Corte realizou pregão eletrônico na quarta-feira passada, dia 9, mas não conseguiu concluir a aquisição porque os preços ofertados estavam acima do previsto em edital. Quatro empresas entraram na disputa. A Corte não conseguiu negociar a redução do valor com nenhuma delas, e a licitação foi cancelada.
Ao todo, seriam comprados 56 coletes balísticos para uso oculto - apenas um deles é modelo feminino. O valor total estimado é de R$ 46 mil. Os custos unitários variam de R$ 742,19 a R$ 1.169,76. Os coletes devem ser resistentes a disparos de projéteis de arma de fogo calibre .44 e 9 mm, de alta velocidade.
A reportagem questionou nesta segunda-feira, 14, a assessoria de imprensa do STF se uma nova tentativa de compra seria realizada e se os ministros poderiam fazer uso dos coletes. A Corte disse que não conseguiria responder até a conclusão desta matéria. O edital do pregão não deixa claro quem seriam os usuários, mas faz referência à mobilidade de "agentes" vestidos com os coletes ocultos.