Brasília - O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira, 22, que quer "rápida solução" para a questão da Lei das Licitações. Segundo ele, os valores irrisórios permitidos para as compras e realizações de obras públicas impedem que os administradores municipais consigam fazer atos "mais concretos" nas cidades. A nova lei de licitações está em discussão numa comissão especial do Congresso.
O emedebista relembrou medidas tomadas pelo governo federal, como a reforma trabalhista e do ensino médio, e também a decisão de dividir a multa da repatriação, no final de 2016, para dizer que é preciso "aproveitar o momento de luta eleitoral" para avançar em outras questões e "pregar a necessidade de trazer o Brasil para o Século 21".
Temer defendeu que seu governo fez "muito" em dois anos de gestão, e que quer direcionar metade do tempo que tem pela frente, cerca de sete meses, para os municípios. "Precisamos dos municípios para que a União seja forte como deve ser", declarou. O presidente da República defendeu ainda que é preciso partir dos municípios para recuperar a Federação Brasileira.
No início da sessão, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, fez elogios ao governo, dizendo que "nenhum outro garantiu tanto diálogo aos prefeitos", mas criticou o fato de que a intervenção federal no Rio de Janeiro impeça votações de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) importantes no Congresso.
Sobre o tema, Temer disse que teve "coragem" para entrar na questão da segurança pública, citando justamente a intervenção e também a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública.