Muita decepção, mas ao mesmo tempo com a esperança de poder reverter a decisão em instâncias superiores. O ex-governador Eduardo Azeredo disse ao Estado de Minas que esse é o seu sentimento após a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que, nesta terça-feira, rejeitou os seus embargos de declaração, decidindo pela sua prisão para o cumprimento de pena de 20 anos a que foi condenado. O tucano está reunido com os advogados.
"Evidentemente que tenho um sentimento de muita decepção. Foi muita injustiça, contra as provas que estão no processo. As provas me inocentam. Na verdade, foi uma compensação que começou lá atrás com o nome de mensalão. Colocaram o nome de mensalão (mineiro) para compensar o mensalão do PT. Aqui em Minas nunca teve mensalão. O que houve aqui foi um processo, um problema eleitoral, que foi levantado. Então, a compensação já começou lá atrás", afirmou Azeredo, em entrevista no inicio da noite desta terça, após a decisão do TJMG.
Ele informou que ainda conversa com seus advogados para decidir "os proximo passos". Segundo ele, sua defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na expectativa de reverter a decisao da segunda instância.
"O meu sentimento é de injustiça, mas de confiança de que, ao apelar para o STJ, exatamente com base no resultado de 3 a 2 (no julgamento do TJMG), a gente possa ter os devidos esclarecimemntos e a verdade prevaleça", afirmou o ex-governador.
Polícia aguarda ex-governador
Por volta das 22h30 dessa terça-feira (22), o delegado Aloísio Daniel Fagundes, coordenador da superintendência de Polícia Judiciária, informou que a apresentação do ex-governador Eduardo Azeredo ainda era aguardada na 1° Delegacia Distrital Centro-Sul de Belo Horizonte e que o político já negociava sua entrega.
Além disso, o delegado disse que não estava prevista nenhuma operação para a manhã desta quarta-feira (23), na casa do ex-governador, para que fosse cumprido o mandado de prisão.