Brasília, 29 - O empresário Josué Gomes, presidente da Coteminas e filho de José Alencar (vice-presidente no governo Lula), se reúne nesta terça-feira, 29, com a bancada do PR na Câmara. O encontro faz parte do movimento do partido para tentar fazer com que Josué anuncie logo suas pretensões eleitorais deste ano. Seu nome é cotado tanto para cabeça de chapa quanto para vice de outros presidenciáveis.
"O convite foi para ele dizer o que pensa do momento político, se tem pretensões eleitorais e quais são. Ele que falará, nós vamos ouvir", afirmou o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA). O empresário mineiro se filiou ao PR no início de abril - até então ele era filiado ao MDB. "Nunca estive com ele pessoalmente. Só falava por telefone", disse Rocha.
Em um dos cenários que o PR trabalha, Josué seria cabeça de chapa. A tese ganhou força nas últimas semanas, quando o partido participou de reuniões com integrantes do DEM, PP, PRB e Solidariedade para discutir uma possível aliança.
Integrantes do PR já participaram de pelo menos duas reuniões com esses partidos. A última foi na quinta-feira e teve a participação do ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), que comanda o PR. Na reunião, Costa Neto topou testar o nome de Josué para a disputa presidencial.
Outro cenário do PR é indicar Josué como vice do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ou do candidato do PT ao Planalto. As conversas com petistas são feitas por intermédio do ex-senador Antonio Carlos Rodrigues (SP), que foi ministro dos Transportes do segundo governo Dilma Rousseff.
O presidente Michel Temer também tenta atrair Josué para vice do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB). Temer se reuniu com Costa Neto e Rocha na quarta-feira. O deputado afirmou que ele e Costa Neto disseram a Temer que o partido só tomará uma definição oficial na segunda quinzena de julho.
Josué também é considerado uma opção para a eleição majoritária em Minas - citado, inclusive, como possível vice na campanha à reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). O empresário foi procurado, via assessoria, e não respondeu ao contato da reportagem.
O Estado de S. Paulo.
(Igor Gadelha).