A nova ofensiva do governo para fazer o país voltar à normalidade é contra a violência praticada por grupos que querem impedir o fim do movimento, além dos infiltrados. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou ontem o serviço SOS Caminhoneiro, que disponibiliza o número (61) 99154-4645 no WhatsApp para receber denúncias de violência contra caminhoneiros, inclusive vídeos e fotos dos casos, para que as forças policiais possam agir e decretar a prisões. A intenção é terminar de vez com manifestações e bloqueios que ainda ocorrem pelo país. Jungmann disse que o que está ocorrendo é “violência política.” “É uma canal direto para atender denúncias de violência e para quem queira mandar registros de quem são esses criminosos”, afirmou. O ministro pediu que os caminhoneiros denunciem todas as ameaças.
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'A democracia é o único caminho legítimo', diz Cármen LúciaProcuradora vê 'estranheza' em decisão de Gilmar de soltar ex-diretor da DersaPreços da Petrobras na mira de CPIMaia pauta projeto que pode dobrar número de pontos na CNH de caminhoneirosEmbora não tenha detalhado as novas prisões ocorridas, o ministro fez questão de informar que foi preso o homem visto em vídeo divulgado pela imprensa agredindo motorista de cegonheira que vestia camisa vermelha e tentava passar por bloqueio.
‘APROVEITADORES’ “Não temos mais movimento de caminhoneiros, o que temos agora e tem trazido preocupação é o uso da violência contra movimento de caminhoneiros.” Para o ministro, “aproveitadores” estão ultrapassando “todos os limites da civilidade e da negociação”. “Os limites foram rompidos, mas não foram rompidos pelos caminhoneiros nem pelo governo.” Ele disse que, após acordo com governo, a violência tem sido usada como argumento para manter a paralisação dos caminhoneiros e impedir a normalização do abastecimento.
“É preciso que tenhamos claro que haverá e está havendo não só o emprego da autoridade do Estado, como as responsabilidades criminais em todos os aspectos e todas as frentes que isso puder acontecer.”
Ele ressaltou que o uso da violência “não pode estar disponível como forma de pressão de movimentos trabalhistas nem como forma de atuação política”. O governo suspeita que infiltrados políticos estejam atuando nos movimentos.
Etchegoyen informou que ontem à tarde só existiam dois pontos de obstrução total no país, além de interrupções parciais e que o govenro estava “tratando para demovê-los. “Atingimos 52% da normalidade”, afirmou o chefe do GSI. “Não temos tudo que gostaríamos. Mas é compreensível porque o processo para repor estoques é lento”, observou. “As notícias são que caminham para a normalidade, avançam para a normalidade”, prosseguiu ele, citando que “não temos mais movimento de caminhoneiros, mas, sim, ações com uso de violência contra os caminhoneiros”.
REFORÇO NAS ESTRADAS
O ministro Jungmann, informou que o efetivo das Forças Armadas empregado para dissolver bloqueios e ajudar na retomada do abastecimento chega a 20 mil militares, que, somados aos 10 mil da Polícia Rodoviária Federal e aos mil da Força Nacional de Segurança Pública, são praticamente quase 30 mil mobilizados. Ele disse ainda que, fora este número, estão ainda o pessoal da Polícia Federal e das polícias estaduais, que também estão nesse trabalho.
Jungmann informou que o presidente Michel Temer vai editar medida provisória para disponibilizar recursos que vão permitir reforço do contingente da Polícia Rodoviária Federal nas estradas e garantir que os caminhoneiros possam voltar a trafegar com segurança. Ele explicou que os policiais poderão aderir ao chamado plantão voluntário, em que recebem para trabalhar em dias de folga.
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