Com o apoio de deputados estaduais do alto e do baixo clero, da situação e da oposição, o líder de governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Durval Ângelo (PT) é o preferido da Casa para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), aberta com a morte, em abril, da conselheira Adriene Andrade. Embora ele afirme que não seja candidato e não esteja pleiteando o cargo, há um movimento de parlamentares que dão sustentação a Durval, deixando o governador Fernando Pimentel (PT) numa situação política delicada, já que também Marco Antônio Rezende Teixeira, secretário da Casa Civil, disputa a indicação.
A vaga aberta no TCE é de livre nomeação do governador a quem cabe enviar a proposição à Assembleia. A indicação é discutida numa comissão especial encarregada de sabatinar o candidato. Se aprovado o nome, a decisão é submetida à aprovação do plenário. São necessários 39 votos favoráveis, o que não é uma tarefa fácil quando o indicado não tem a adesão da Casa.
No Legislativo, Durval Ângelo acumula apoios não apenas entre os partidos que dão sustentação ao governo – PT, PCdoB, PR, PRB, Pros, Avante, que integram o Bloco Minas Melhor. Mesmo no MDB, que em decorrência das eleições se afastou do PT e confirma a ruptura política, há deputados que informam em off estar em campanha pela indicação do líder governista.
O parlamentar petista conta ainda com o apoio de deputados que se dizem independentes, mas caminham com o governo Pimentel, como Dirceu Ribeiro (Pode), Hely Tarquínio (PV), Lerin (PSB), Arlete Magalhães (DC), Duarte Bechir (PSD), Cássio Soares (PSD), Fred Costa (Patri). Já no bloco de oposição Verdade e Coerência, integrado pelo DEM, PDT, PP, PSDB e PTB, trabalham pela indicação de Durval João Vítor (PSDB), Luiz Humberto (PSDB), Tito Torres (PSDB), Gustavo Correa (DEM), Antônio Jorge (PPS), Bráulio Braz (PTB), Dilzon Melo (PTB), Carlos Pimenta (PDT), Nozinho (PDT) e Gil Pereira (PP).