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Estado de Minas

Estados recorrem ao Supremo em busca de R$ 100 bilhões

Dinheiro seria devido pela União, segundo os governadores. Parte de Minas é suficiente para cobrir o déficit de R$ 9 bilhões esperado para este ano


postado em 11/06/2018 15:11 / atualizado em 11/06/2018 16:07

Ministros do STF decidirão se estados têm direito a parcela da DRU(foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
Ministros do STF decidirão se estados têm direito a parcela da DRU (foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Governadores de 23 estados e do Distrito Federal vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar do governo federal um repasse anual de R$ 21 bilhões, correspondentes a 20% da parcela que cabe aos estados da Desvinculação das Receitas da União (DRU) – valor de 2017. A ação será ajuizada ainda nesta segunda-feira à tarde e pede o retroativo a cinco anos, uma média de R$ 20 bilhões anuais.

Minas Gerais tem direito a 8,5% do valor, ou seja, R$ 1,785 bilhão. Somados os cinco anos, o cofre mineiro teria a receber em torno de R$ 8,9 bilhões – o correspondente ao déficit projetado para este ano nas contas do estado.

Na ação, os procuradores argumentam que a DRU permite ao governo federal acesso a parcela das contribuições sociais (30%), aumentando a arrecadação tributária, sem compartilhar essa receita com os estados. Dessa forma, a União estaria fraudando o que diz a Constituição Federal para aumentar sua receita. 

“A atual DRU permitiu que a União Federal, aumentando substancialmente sua receita tributária por via das contribuições sociais, passasse a se utilizar de substancial parcela dessa receita (trinta por cento das contribuições sociais) em seu orçamento fiscal. Essa prática, como visto, é admitida (confessada) pela Receita Federal do Brasil, fraudando-se, assim, a regra de partilha dos impostos adicionais, mediante a utilização de contribuições sociais”, diz trecho da ação.

Os estados pedem ainda que seja concedida liminar para garantir o imediato repasse de 20% das contribuições sociais para os estados.

 

A ação é assinada pelo governador Fernando Pimentel, pelo advogado-geral do Estado Onofre Batista, pelo procurador do Estado Carlos Victor Muzzi e pelo presidente da Câmar Técnica do Colégio Nacional dos Procuradores Gerais dos Estados e Distrito Federal (Conpeg), Ulisses Schwarz Viana. 


Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul são os únicos estados que não participam da ação.


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