Belo Horizonte - O Ministério Público do Tribunal de Contas de Minas Gerais investiga o fretamento, pela Prefeitura de Belo Horizonte, de um avião para viagem do procurador-geral do município, Thomáz de Aquino Resende, a Brasília no dia 3 de maio. O custo da viagem foi de R$ 63,1 mil.
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'Prefeito acha que a cidade é um clube de futebol', diz sindicalista sobre Kalil''Essa conversa de caminhoneiro já está enchendo o saco'', diz Kalil sobre prejuízos causados pela greveKalil nomeia símbolo de torcida organizada do Cruzeiro na PBHKalil gasta R$ 30 mil para fretar voo com destino a BrasíliaEm nota, a prefeitura afirma que a aeronave foi fretada porque o ministro Barroso concedeu a audiência em "cima da hora". "O procurador-geral de Belo Horizonte, doutor Thomáz de Aquino, foi a Brasília no dia 3 de maio para uma agenda com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concedida de última hora e, por isso, foi necessário fretar uma aeronave."
"O procurador foi à capital federal tratar das verbas não repassadas pelo governo estadual para a Prefeitura de Belo Horizonte. Três dias após a viagem, o município recebeu R$ 180 milhões desses recursos que estavam atrasados", justifica a prefeitura.
Na segunda-feira passada, dia 11, ao comentar o assunto durante anúncio de obras da prefeitura, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou que o procurador não tem "absolutamente nada com o fretamento do avião" e chamou para si a responsabilidade. "Isto é designação do prefeito de Belo Horizonte. Se houve um preço acima de avião, ou qualquer coisa parecida, a responsabilidade é unicamente do prefeito", disse.
Kalil chamou de "covardia" a repercussão causada pelo custo do fretamento da aeronave, sobretudo pela oposição na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte. "A covardia que foi feita com ele, façam comigo.
Apuração
As investigações do Ministério Público do Tribunal de Contas de Minas vão se concentrar, segundo informação da procuradora Sara Meinberg, em três eixos principais: nos motivos que levaram a prefeitura a contratar o avião, apesar da oferta diária de voos comerciais da capital de Minas para Brasília; no valor pago pelo fretamento da aeronave e no procedimento que resultou na contratação do serviço.
O Ministério Público do Tribunal de Contas enviou nesta terça-feira, 12, questionamentos ao procurador-geral do município. Agora um prazo de dez dias úteis para enviar suas respostas, contado a partir da comprovação do recebimento da correspondência pela prefeitura. O gabinete de Barroso confirmou a agenda. .