Setores influentes do PT têm defendido em conversas internas que o partido aproveite o período de relativa tranquilidade política durante a Copa do Mundo para fazer pesquisas e sondar cenários para o caso de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser impedido de disputar as eleições.
Condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), Lula cumpre pena em Curitiba e pode ser barrado pela Lei da Ficha Limpa - o petista lidera todas pesquisas de intenção de votos.
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Da cadeia, Lula afirma: "eu sou candidato a presidente de novo"Em carta a prefeitos, Lula diz que PEC do teto inviabilizará gestão das cidadesVaticano nega que Papa Francisco tenha enviado presente a LulaO argumento é saber qual é o perfil preferido pelos eleitores, testar nomes e a capacidade de transferência de votos do líder petista preso em Curitiba.
Apesar do esforço da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de interditar o debate, as conversas sobre estratégias sem Lula na disputa eleitoral têm sido inevitáveis. Na segunda-feira, o tema veio à tona em reunião de uma espécie de conselho político informal criado por Gleisi. Integram o grupo membros da Executiva do PT e ex-ministros, como Franklin Martins, Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e Paulo Vannuchi, e petistas históricos como Rui Falcão e José Genoino.
Em conversas reservadas, vários deles admitem que a candidatura de Lula é um ativo político precioso mas inviável do ponto de vista legal e, por isso, o PT precisa sondar cenários e, no tempo certo, iniciar o processo de substituição.
Vice
Um dos temas da reunião foi a escolha do vice na chapa petista.
O plano do ex-presidente, no entanto, esbarra nos nomes disponíveis. Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, é o nome dos sonhos, mas está filiado ao PR, com aval do ex-presidente. Setores do PR apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) e o senador Magno Malta (PR-ES) chegou a ser sondado para vice..