São Paulo - Após falar que nada impede sua candidatura de "decolar", o ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, disse ter evidências de que será vitorioso na convenção do partido e vai se consolidar na disputa pelo Planalto. Em entrevista coletiva após participação em fórum da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o emedebista desqualificou a possibilidade de setores do partido se movimentaram para retirar a candidatura própria e apoiar outro presidenciável no pleito.
Ele afirmou que, na medida em que as chances de uma vitória ficarem claras para os outros partidos, será possível fechar alianças em torno de seu nome.
Como exemplo de divergência dentro do próprio MDB, Meirelles citou a especulação sobre o lançamento do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim a uma candidatura. Ele disse que recebeu uma mensagem do próprio Jobim negando qualquer intenção ou movimentação para ser candidato.
Sobre a fala do senador Renan Calheiros, especificamente, que disse ao jornal O Estado de S. Paulo que Meirelles não deve ser homologado na convenção de julho, o ex-ministro da Fazenda rebateu que trata-se de uma "opinião legítima, mas ele está "errado". "Teremos uma grande vitória na convenção e já tenho evidências concretas disso do País inteiro", completou o presidenciável.
Meirelles disse também que não cabe a ele a defesa jurídica do legado do presidente Michel Temer. "Defendo o que foi feito no governo, defesa jurídica de Temer é outra questão", afirmou.
Ele citou como conquistas do governo a PEC do Teto e a terceirização.