Absolvida da acusação de ter recebido R$ 1 milhão em propina para usar na campanha eleitoral de 2010, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-RS) ainda é alvo de duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além dessas ações, ela também enfrenta uma investigação que corre na Polícia Federal. O inquérito policial que apura um suposto esquema de corrupção no Ministério do Planejamento teve origem nas investigações da Operação Lava-Jato.
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STF absolve Gleisi Hoffmann de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa 2Fachin pede condenação de Gleisi Hoffmann por 'caixa 2' de R$ 1 milhão em 2010Gleisi Hoffmann nega ser 'plano B' para LulaSegunda Turma do STF anula busca e apreensão em apartamento funcional de GleisiOs valores teriam sido utilizados na campanha eleitoral dela. Em nota, a senadora negou as acusações e disse que todos os gastos envolvendo o escritório citado foram declarados à Justiça Eleitoral.
Lava-Jato
A senadora responde a uma denúncia com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo e o empresário Marcelo Odebrecht pelos crimes de corrupção (passiva e ativa) e lavagem de dinheiro. O processo corre no âmbito da Lava-Jato. Segundo o Ministério Público, os crimes ocorreram em 2010, “quando a Construtora Odebrecht prometeu ao então presidente Lula a doação de US$ 40 milhões em troca de decisões políticas que beneficiassem o grupo econômico”.
As investigações, de acordo com o MPF, revelaram que os valores ficaram à disposição do Partido dos Trabalhadores (PT), tendo sido utilizada em operações como a que beneficiou a senadora na disputa ao governo do Paraná, em 2014. Gleisi afirma que as acusações “são falsas”, pois tentam “ligar decisões de 2010 a uma campanha eleitoral dela que ocorreu em 2014”.
O Ministério Público ainda pode apresentar os chamados embargos de declaração na ação que resultou na absolvição de Gleisi e do marido na Suprema Corte. Mas o recurso não tem poder para alterar a decisão dos ministros..