O Solidariedade confirmou na manhã desta quinta-feira a adesão à pré-candidatura do senador Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas. Com isso, os tucanos fecharam a primeira das duas vagas para o Senado em disputa, que será do ex-presidente da Assembleia Dinis Pinheiro, deixando a outra em aberto para negociar com possíveis aliados. No ato, Dinis partiu para o ataque contra a principal adversária nas urnas, a ex-presidente Dilma Rousseff, que deve disputar uma vaga de senadora pelo PT.
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PTB decide apoiar Anastasia e Dinis, e sai em defesa de AécioAécio decidirá 'no tempo oportuno' se é candidato ou não, diz Anastasia"Não sei se é uma candidatura forte ou fraca", diz Anastasia ao citar Dilma"Vou acabar com privilégios", diz candidato ao Senado pelo SD, Dinis PinheiroAnastasia diz que caminhos de futuro governo vão impor sacrifícios'Sou do mundo, sou Minas Gerais', disse Dilma Rousseff ao confirmar sua candidatura ao SenadoEm encontro do PT, Dilma se lança pré-candidata ao SenadoDinis disse que os mineiros vão “rechaçar” a atitude da adversária e eleger um mineiro. Questionado se sua campanha seria de ataques, ele disse ter feito apenas uma análise e que suas virtudes tem mais semelhança com os mineiros.
O pré-candidato ao Senado, que abriu mão da disputa pelo governo por Anastasia, disse não estar preocupado com o nome que disputará a segunda vaga na sua chapa. Ele se esquivou de comentar uma possível participação na chapa do senador Aécio Neves (PSDB), que está afastado dos eventos tucanos desde que foi envolvido na Operação Lava Jato.
O Solidariedade é o quinto partido a fechar aliança com Anastasia. Nesta semana ele acertou a adesão do PTB, que se somou a PSC, PPS e PSD. Na chapa, já foi definido o vice, que será o ex-prefeito de Uberaba, Marcos Montes (PSD).
Segunda vaga
Anastasia disse mais uma vez que caberá a Aécio resolver se concorrerá ao Senado ou a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Anastasia disse que o partido tem até o fim de julho para decidir o restante da chapa e que não tem preferidos para a composição. Nem mesmo uma possível união com o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), que hoje descarta desistir de concorrer ao governo, é desconsiderada pelos tucanos.
Aécio não está fora
Apresentado como suplente de senador do pré-candidato Dinis Pinheiro, o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PPS) também evitou cravar o destino de Aécio. Disse que o tucano tem a marca de seus governos e fará a reflexão no tempo devido.
O presidente do PSDB, deputado federal Domingos Sávio, negou que PSDB esteja deixando o senador Aécio Neves de fora do processo eleitoral e disse que foi ele próprio que colocou a pré-candidatura de Anastasia como prioridade. “Ele não está de fora do processo, não se participa só sendo candidato. Você tendo a clareza de que alguém representa melhor o grupo naquele momento – e ele não escondeu de ninguém que quem melhor representaria esse sentimento de mudança é o Anastasia – isso foi gesto importante do Aécio em favor de Minas”, afirmou.