O governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) creditou, na manhã desta terça-feira (3), o rombo nas contas do estado à folha de pagamento dos aposentados do estado e defendeu uma reforma previdenciária como forma de voltar a ter as contas em dia. Ao entregar ônibus escolares em Sete Lagoas, o petista chamou de demagogia a proposta dos pré-candidatos ao governo de cortar cargos comissionados como forma de melhorar as finanças.
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Pimentel sugeriu a criação de um fundo para financiar a Previdência.
O petista defendeu o que chamou de uma constituinte previdenciária para solucionar o rombo nas contas públicas.
Para o petista, a Previdência deve ser financiada com outro recurso, que não os impostos, pois estes devem retornar à sociedade, e aproveitou para criticar os adversários na sucessão.
Atrasos nas contas
O petista falou dos atrasos no pagamento dos funcionários públicos e disse ter de fazer escolhas para governar. “Não tenho como (cumprir a escala) porque não tenho dinheiro no dia de pagar, então a gente atrasa um pouco o cronograma”, disse.
Pimentel disse ainda que não faz o repasse do transporte escolar em dia porque senão faltaria verba para gasolina nos carros da polícia militar. “Esse tipo de escolha tem sido o dia a dia do governo nos últimos três anos e meio”.
Segundo Pimentel, os governos dos últimos 12 anos tinham dinheiro e “sobrou” para fazer obras como a Cidade Administrativa, centro de convenções e aeroporto. “Será que não teria de pegar esse dinheiro de obras luxuosas para compor esse fundo (da Previdência)?”, questionou.
O petista afirmou ter se recusado a tirar direitos dos aposentados e vender estatais para se enquadrar no ajuste fiscal proposto pelo presidente Michel Temer (MDB) e acusou novamente o emedebista de discriminar Minas Gerais.
Pimentel também criticou as soluções propostas pelos adversários para os problemas do estado. “Esse ano de eleição vai aparecer muita gente alegando coisas equivocadas, dizendo que é fácil fazer ajuste, é só cortar custeio, isso ou aquilo.
Pimentel afirmou que os cargos em comissão custam R$ 17 milhões de uma folha total de R$ 2,4 bilhões e chamou a proposta de demagogia. .