Rio - Réus na mesma ação que condenou o empresário Eike Batista a 30 anos de prisão, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) e sua mulher, Adriana Ancelmo, tiveram direito à redução de pena depois de entregarem à Justiça Federal bens avaliados em cerca de R$ 40 milhões. No caso do ex-governador - condenado a 22 anos e 8 meses - , a redução chegou a 8 anos e 8 meses.
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Cabral e Adriana Ancelmo abrem mão de fortuna que Lava Jato confiscouBretas abre ação contra Cabral, Messer e mais 60 na Operação Câmbio, desligoGilmar condena algemas em Cabral: ''caminha-se para a tortura em praça pública''Ex-governador do Rio Sérgio Cabral é enviado para a solitária em Bangu 8Lava-Jato no Rio deflagra Operação Ressonância contra fraudes na SaúdeA lista de bens entregues pelo casal inclui imóveis - entre eles uma casa em Mangaratiba avaliada em R$ 8 milhões -, joias e carros, além de valores depositados em contas bloqueadas. A casa em Mangaratiba chegou a ser levada a leilão, que acabou suspenso.
Cabral e Adriana Ancelmo comunicaram à Justiça que abririam mão espontaneamente dos bens. Cerca de R$ 15 milhões foram encontrados em contas bancárias vinculadas ao casal, a maioria em nome da ex-primeira-dama.
A redução de pena é prevista na lei de lavagem de dinheiro, que permite corte de até dois terços ou isenção de pena. O juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu, no caso de Adriana, zerar a punição por lavagem de dinheiro, por entender que os bens devolvidos eram superiores ao prejuízo com o crime.
Alvo de 24 processos, o ex-governador do Rio já foi condenado na Lava Jato - no Rio e em Curitiba - seis vezes. As penas do emedebista somam mais de 100 anos de reclusão. .