O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador federal Thompson Flores, decidiu na noite deste domingo, que o ex-presidente Lula deve continuar preso. Segundo a decisão, a 'situação de conflito', criada pelo plantonista do tribunal, o desembargador Rogério Favreto, não possui regulamentação específica e o caso é de competência do relator do processo, João Pedro Gebran Neto.
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Assessor do governo na época de Lula, Favreto já fez selfie com ex-presidenteA rádio, Favreto diz que sua decisão não contraria entendimento de outras cortesHabeas corpus de Lula chegou ao TRF4 meia hora após início do plantãoEm nota, PT critica Moro, Gebran, plantonistas da PF e presidente do TRF-4Favreto fez doação eleitoral de R$ 60 a deputado que pediu habeas corpus'Guerra' de decisões marca idas e vindas no caso LulaEle ordenou que Lula deixasse a PF em uma hora. O desembargador decidiu negar pedido de reconsideração de seu primeiro despacho movido pela Procuradoria da República da 4ª Região. E ainda voltou a alertar que "eventuais descumprimentos importarão em desobediência de ordem judicial, nos termos legais".
Neste domingo, o desembargador plantonista mandou soltar Lula acolhendo pedido de habeas corpus. Após a decisão, Moro afirmou que o desembargador é "absolutamente incompetente" para contrariar decisões colegiadas do Supremo e do TRF-4.
Favreto foi filiado ao PT de 1991 a 2010 e procurador da prefeitura de Porto Alegre na gestão Tarso Genro nos anos 1990. Depois, foi assessor da Casa Civil no governo Lula e do Ministério da Justiça quando Tarso era ministro, também no governo daquele a quem concedeu soltura.
Com Estadão Conteúdo.