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Estado de Minas

Mensagem mentirosa diz que mulher que provocou Bolsonaro é filha de Lula

Apesar de não se ter notícia de quem é a mulher que aparece nas imagens, ela não é Lurian Cordeiro Lula da Silva, a única filha do ex-presidente


postado em 11/07/2018 12:12 / atualizado em 11/07/2018 12:31

Lurian Cordeiro Lula da Silva(foto: Iano Andrade//CB/D.A Press - 01/01/2007)
Lurian Cordeiro Lula da Silva (foto: Iano Andrade//CB/D.A Press - 01/01/2007)

São Paulo - A mulher que gritou com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tem sido erroneamente apresentada como filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em boato no WhatsApp.

O Estadão Verifica recebeu várias vezes, por meio do número (11) 99263-7900, o vídeo do incidente. Na lateral da filmagem, a mensagem diz: "Filha do Lula bêbada xingando Bolsonaro no embarque do aeroporto. Já começou o desespero dos petistas kkkkkk".

A alegação é falsa. Apesar de não se ter notícia de quem é a mulher que aparece nas imagens, ela não é Lurian Cordeiro Lula da Silva, a única filha do ex-presidente - além de Lurian, ele tem quatro filhos homens.

As diferenças físicas são evidentes: rosto e cabelo, por exemplo, são completamente diferentes. O vídeo original do incidente do aeroporto foi publicado no dia 3 de julho, no canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável do PSL, mas sem citar a filha de Lula.

Contexto


Bolsonaro foi abordado por uma mulher, aparentemente embriagada, quando embarcava de São Paulo para Brasília no último dia 3. Além de gritar que deveria ser ouvida por ser "a voz do povo", ela chegou a deitar no chão para impedir a passagem do parlamentar. O pré-candidato à Presidência do PSL teve que se esconder no banheiro para evitar complicações. A mulher chegou a tentar entrar no local, mas foi impedida por homens que protegiam o político e pediam o apoio de seguranças do aeroporto.

Os boatos envolvendo Lula voltaram a circular com maior frequência no WhatsApp depois do imbróglio do último domingo, 8, quando o desembargador plantonista Rogério Favreto pediu a soltura do ex-presidente, condenado e preso pela Operação Lava-Jato.


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