Brasília - O novo ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, suspendeu todos os procedimentos de análise e as publicações relativas a processo de registro sindical na pasta pelo prazo de 90 dias. O ato, um dos primeiros do advogado mineiro no cargo, está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, dia 12. A medida não atinge processos que devem ser cumpridos por determinação judicial.
Leia Mais
Após posse, ministro do Trabalho sinaliza que pode fazer 'limpa' na pastaTemer diz que novo ministro do Trabalho deve levar adiante reforma trabalhistaCaio Vieira de Mello assume nesta terça o Ministério do TrabalhoPGR denuncia Roberto Jefferson, ex-ministro e mais 24 por fraude no Ministério do Trabalho PF diz que ex-ministro do Trabalho era 'fantoche dos caciques do PTB'No dia da posse, o novo ministro sinalizou que faria mudanças na pasta depois das investigações realizadas pela PF. Questionado por jornalistas se poderia fazer uma "limpa" no Ministério, Mello respondeu com outra pergunta: "A senhora não faria?". "O que for necessário, será feito", afirmou ele, acrescentando que vai "fazer um exame apurado de todas as situações".
No mês passado, a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério já havia determinado a suspensão, pelo prazo de 90 dias, da emissão de mais de 180 certidões sindicais, também com o objetivo de apurar possíveis irregularidades.
A Operação Registro Espúrio, que obrigou o Ministério do Trabalho a fazer esse pente-fino nos processos, foi deflagrada no fim de maio. Além de Yomura, também são alvo da operação, em diferentes fases, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão do PT, e os deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade), Wilson Filho (PTB) e Nelson Marquezelli (PTB).
.