Parlamentares mineiros do MDB que tentam destituir o presidente estadual da legenda, o vice-governador Antonio Andrade, entregaram nesta quinta-feira (12) um documento com a renúncia de 55 membros do diretório estadual, representando a insatisfação do grupo com a permanência de Andrade no cargo.
O documento foi entregue ao senador Romero Jucá, presidente nacional do MDB. Por meio de nota, o diretório estadual liderado por Andrade classificou a movimentação dos deputados como “desesperada” e o documento como uma “fraude”.
Foram levadas a Brasília nesta quinta-feira cartas de 43 titulares e 12 suplentes do diretório estadual. Entre os deputados emedebistas que brigam pela destituição de Andrade, a mudança a frente do diretório estadual já é dada como certa.
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Os parlamentares já estão combinando reuniões a partir da próxima semana para bater o martelo sobre o futuro do MDB mineiro. “Vamos escolher o que for melhor para a bancada do MDB, ouvindo todo mundo e avaliando as possibilidades”, diz o deputado Fábio Ramalho.
Os nomes para a comissão também já estão definidos. O grupo será formado pelos deputados federais Saraiva Felipe, Leonardo Quintão (provável presidente da comissão) e Newton Cardoso Júnior e os estaduais João Magalhães, Tadeu Leite, Leonídio Bouças e Iran Barbosa.
Reação de Andrade
Em nota divulgada nesta quinta-feira, a direção estadual do partido considerou a tentativa dos parlamentares de destituir Andrade como “desesperada” e afirma que “não há previsão no estatuto da legenda a dissolução automática do diretório”.
“Por entender que se trata de uma fraude e um processo ilegal, não previstos no estatuto, o presidente do partido repudia veementemente a tentativa do partido, defendendo a tese da candidatura própria, já aprovada nas prévias. Ao contrário do que se tem divulgado, Antonio Andrade defende novas alianças que busquem aumentar ainda mais a presença de parlamentares do partido na Assembleia e no Congresso Nacional, priorizando a substituição deste governo desastrosos”, afirma nota, em referência ao governo de Fernando Pimentel (PT).