Depois de passar o semestre inteiro praticamente sem votar projetos, os deputados estaduais mineiros podem ter somente uma semana de férias em julho ou até mesmo ficar sem o recesso do meio do ano. A data prevista pela Constituição para o encerramento, que geralmente é antecipada, seria nessa quarta-feira (18), mas com vários propostas acumuladas e sem acordo, os trabalhos vão se estender pelo menos até a próxima quarta-feira (25). O retorno será no dia 1º de agosto.
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Deputados chegam ao fim do semestre sem votar nenhum projeto na ALMGPEC da educação não garante pagamento do piso em MinasLíder de Pimentel na ALMG é confirmado para cargo vitalício no TCEDisputa pela Assembleia de Minas tem quase 17 por vagaO líder do governo, deputado Durval Ângelo (PT), disse ontem que vai insistir na votação do projeto que permite a cisão da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). A oposição, por sua vez, não aceita que ele volte à pauta. Foi justamente a retirada deste proposta que permitiu um primeiro acordo para que os deputados apreciassem 12 vetos do Executivo que trancavam a pauta.
Além deles, os parlamentares votaram em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição que obriga o estado a pagar o piso nacional da educação e a que torna impositiva a execução das emendas orçamentárias.
Emenda
A PEC da educação volta ao plenário na noite de segunda-feira, mas a oposição já avisou que vai apresentar emenda para que o governador Fernando Pimentel (PT) pague o retroativo devido à categoria. Com isso, o texto volta para comissão especial na terça-feira e depende de publicação do parecer, na quarta, para voltar a ser votada em plenário.
O líder Durval Ângelo atribuiu o atraso nas votações ao cenário de crise no estado.
“A sociedade e os servidores com salários atrasados estão sabendo disso e quem não votar essas três questões vai ter de se explicar”, afirmou. De acordo com Durval, os projetos significam até R$ 8 bilhões nas contas do governo.
Durval disse que, quando oposição, o PT mudou o voto para permitir que o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) aprovasse projeto de estadualização de estradas que permitiria pagar salários. Também afirmou não ter se furtado a aprovar empréstimos e debêntures para os governos tucanos dos senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia.
A oposição informou, por meio de assessoria, ter acordo para o piso da educação, o orçamento impositivo e o projeto que permite ao estado pegar empréstimos para pagar precatórios e a lei de diretrizes orçamentárias. .