O vice-governador de Minas Antônio Andrade (MDB) entrou nesta segunda-feira com ação na Justiça Eleitoral contra a decisão do diretório nacional do partido que o destituiu da presidência estadual da legenda.
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Escolha de novo líder de Pimentel aguarda acordo com MDB para eleiçõesCandidatura própria ao governo de Minas perde fôlego no MDBMDB mineiro marca convenção para 5 de agostoApós intervenção, comissão provisória do MDB de Minas se reúne para 'dar rumo ao partido'Após renúncia coletiva, deputado Saraiva Felipe é escolhido presidente do MDB em MinasJuiz nega pedido de Antônio Andrade para voltar ao comando do MDB de MinasEm comunicado, comissão provisória do MDB de Minas diz que não houve intervenção“Diante desse quadro completo de derrocada na convenção partidária é que os deputados estaduais e federais do MDB, buscando viabilizar a eleição de expressivas bancadas à Câmara Federal e à Assembleia do estado, ou seja, movidos por interesses pessoas e não partidários, 'pediram a cabeça' do requerente e que assumissem os rumos do partido”, afirma o vice-governador em trecho da ação.
Entre os argumentos apresentados na ação, assinada pelo advogado Joel Gomes Moreira Filho, ex-vereador da capital pelo partido, está até o rompimento de Andrade com o governador Fernando Pimentel e o aumento do número de prefeitos do MDB no estado.
O fim das relações entre Andrade e Pimentel fez com que o vice-governador se dedicasse a aumentar o número de prefeitos do MDB. Situação contrária vivida pelo PT.
Isso teria feito com que muitos ex-prefeitos disputassem neste ano um vaga na Assembleia ou na Câmara, o que teria tornado a chapa interessante, o que chamou a atenção dos parlamentares do MDB para coligar com os petistas e, assim, conseguir puxar votos.
O clima pouco amistoso dento do MDB de Minas se acirrou na semana passada, quando o deputado federal Saraiva Felipe (MDB) foi nomeado pelo presidente nacional da legenda, senador Romero Jucá (RR), presidente da comissão provisória, encarregado de conduzir a política de aliança do partido no estado.
Ao justificar a sua decisão de nomear Saraiva Felipe, Jucá expôs os antecedentes do conflito: em 11 de julho, durante a reunião da Comissão Executiva Nacional, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (MDB), leu documento assinado por todos os 13 deputados estaduais e cinco federais em que comunicou a autodissolução do diretório estadual de Minas.
Na ocasião, foi delegada a Jucá a análise e decisão do pedido, com poder, inclusive, para nomear a comissão provisória. Como foram encaminhadas originais de renúncia, com firma reconhecida em cartório, de mais da metade dos membros do diretório – 43 titulares e 12 suplentes do total de 70 –, pelo estatuto, foi confirmada a dissolução da instância partidária.
Além de Saraiva Felipe para presidir a comissão provisória, Jucá nomeou o deputado estadual João Magalhães como tesoureiro. Foram também indicados membros da provisória os deputados federais Leonardo Quintão e Newton Cardoso Júnior, os estaduais Iran Barbosa e Leonídio Bouças e o ex-deputado Luiz Tadeu Leite.
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