O vereador afastado Wellington Magalhães (PSDC) não vai depor nesta terça-feira em audiência da comissão processante que analisa a cassação do mandato dele.
Em ofício encaminhado ao presidente da comissão, vereador Dr. Nilton (PROS), Magalhães afirma que as investigações que apuram denúncias de irregularidades em esquema que o parlamentar e outras sete pessoas são acusados pelo Ministério Público ainda estão muito iniciais e sua fala ao grupo criado na Câmara Municipal de Belo Horizonte poderia atrapalhar a defesa dele.
“Até o presente, momento não prestei declarações à Justiça comum e receio que eventual participação, ao menos presencial a essa comissão processante possa comprometer o curso dos trabalhos, não só por conter matérias protegidas pelo segredo de justiça, mas, principalmente, face aos evidentes excessos identificados na atuação do denunciante, seja como distorção da verdade, seja com a extrapolação do objeto apurado”, afirma o vereador afastado no documento.
Contudo, Magalhães se propôs a responder às questões dos parlamentares por escrito para “não prejudicar” os trabalhos.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público de integrar esquema com outras sete pessoas que desviou R$ 30 milhões em contratos de publicidade irregulares na Câmara.
O parlamentar afastado, que já foi presidente da Câmara de BH, teve a prisão preventiva decretada em 18 de abril. Ele chegou a ser considerado foragido da Justiça e só se entregou seis dias depois.
Pouco mais de um mês após Magalhães ser conduzido à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de BH, a defesa obteve habeas corpus a favor do político. Ele foi solto com a condição de usar tornozeleira eletrônica.
Magalhães também enfrenta processo na Câmara de BH em que pode perder o mandato. A Comissão Processante, instaurada na Casa, está em fase de colher depoimentos antes de encaminhar sobre o cabimento ou não da cassação.