A proposta de emenda à Constituição que torna a execução das emendas parlamentares ao orçamento do estado obrigatória foi aprovada na manhã desta quarta-feira pela Assembleia Legislativa. A imposição, no entanto, vale somente para o próximo governo, que será eleito em outubro. Na sequência, os parlamentares aprovaram a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) que prevemos déficit de 5,6 bilhões para o ano que vem.
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Segundo o líder do bloco independente, deputado Agostinho Patrus Filho (PV), os deputados terão cerca de R$ 3 bilhões cada para indicar nas áreas da saúde e educação. "Significa que alqueles recursos que infelizmente hoje não estão sendo pagos vão chegar às várias regiões de Minas para obras pequenas que acabam ficando esquecidas", disse.
O parlamentar ressaltou que não se trata de nenhum recurso novo.
Agostinho Patrus disse que este ano Pimentel executou apenas parte dos R$ 1,5 milhão que seriam destinados às emendas de cada parlamentar.
Sem Codemig e securitização
Para conseguir aprovar os projetos e entrar de férias, em um acordo com a oposição, o governo abriu mão de votar os projetos que permitiam a cisão da Codemig e a securitização das dívidas estaduais. As duas matérias eram consideradas prioritárias para o governo e, junto com os 18 vetos do Executivo que tramitaram, travaram as votações praticamente durante o semestre inteiro.
"Infelizmente vejo ausência de muitos projetos nessa votação que vão criar uma dificuldade enorme para o estado, mas entendo que não houve clima", afirmou o líder do governo Durval Ângelo (PT).
Segundo a LDO enviada pelo governador Fernando Pimentel (PT) e também aprovada hoje, Minas Gerais terá R$ 98,8 bilhões de receita em 2019. Os gastos serão de R$ 104 bilhões.
Com a aprovação dos projetos, os deputados entram de recesso por uma semana.
Este ano, os deputados passaram praticamente seis meses sem votar no plenário da Assembleia. O clima eleitoral imperou na Casa e o rompimento do MDB com Pimentel facilitou o trabalho da oposição de obstruir os trabalhos para impedir a aprovação de textos que consideravam ruins para o estado..