São Paulo - O economista Roberto Giannetti da Fonseca é um dos colaboradores da campanha política do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou nesta quinta-feira, 26, que ele é o idealizador de uma proposta chamada de "Manifesto Compromisso da Força Centro Democrático" elaborada com o objetivo de mostrar que o tucano propõe um novo modelo de governança.
O documento, escrito por Giannetti, critica a condução da política econômica e a governança dos últimos governos. "Porém, a má gestão da política econômica, e uma sucessão de práticas irresponsáveis e desonestas pelos governantes, levaram novamente grande parte dos brasileiros nos últimos anos a perder a esperança no futuro de nossa Nação".
As propostas começaram a ser discutidas internamente na campanha de Alckmin nas últimas semanas. A coordenação do tucano não considera o documento como uma peça oficial da campanha, mas o próprio ex-governador já teve acesso ao manifesto escrito por Fonseca. O coordenador econômico do programa de governo, Pérsio Arida, fez a revisão de alguns pontos da proposta de acordo com a apuração do Estado.
O compromisso, que se aprovado estava previsto para ser apresentado no dia o registro da campanha, 15 de agosto, termina com uma mensagem desejando que o PSDB termine a eleição vitorioso: "Esperamos, enfim, que o PSDB e seus aliados sejam os vitoriosos nesta próxima eleição presidencial em outubro, seja pelo que trazemos de positivo em nossas propostas e não apenas pelos malfeitos, abusos e desmandos dos governos que nos precederam, que são enormes".
"A democracia, tal como a concebemos, não se faz destruindo-se os órgãos de Estado ao sabor de interesses partidários e privados, como ocorreu com as Agências Reguladoras, as empresas estatais, os fundos de pensão e a própria administração federal. Nem pela estimagtização infamante dos setores políticos minoritários. É preciso devolver o Estado à sociedade brasileira".
Segundo interlocutores da campanha do tucano, o documento foi elaborado e discutido por pessoas do PSDB, mas não foi debatido oficialmente nem apresentado aos demais aliados. O manifesto que o PSDB apoiou foi o assinado e divulgado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A reportagem tentou falar com o economista, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.