Brasília - O presidente Michel Temer chegou no final da manhã desta quinta-feira, 2, à convenção do partido, que deve oficializar a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência da República, e registrou seu voto por meio de cédula de papel.
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Meirelles já tem os votos do MDB para ser candidato à Presidência pela legendaRenan diz que candidatura de Meirelles 'atrai rejeição de Temer'MDB sonda Marta Suplicy para vice de MeirellesPedro Simon: 'Existe o risco de o MDB desaparecer'MDB oficializa candidatura de Meirelles à Presidência da RepúblicaAté agora, tudo indica que o MDB, à frente do Palácio do Planalto desde o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), em 2016, irá sozinho para a disputa, com chapa pura e um candidato que tentará associar sua imagem à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso da Lava Jato.
Mais cedo, o presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), confirmou que a indicação do vice de Meirelles não está fechada. "Vamos delegar à Executiva Nacional do partido a aprovação do vice, nos próximos dias", afirmou Jucá.
Estacionado em 1% das intenções de voto, Meirelles está à procura de uma mulher para compor a chapa. Não sem motivo: elas representam 52% do eleitorado nacional e são responsáveis pela maioria dos votos em branco e nulos declarados atualmente em pesquisas.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) chegou à convenção anunciando que será o porta-voz dos emedebistas contrários à candidatura de Meirelles. "Não podemos homologar uma candidatura que só serve para atrair a rejeição universal do Temer", disse Renan, em uma referência ao presidente Michel Temer, que conta com alto índice de impopularidade.
"Não dá para condenar ninguém a apoiar Meirelles. Isso é um mico e não podemos pagar esse preço", emendou o senador. Aliado do PT em Alagoas, Renan pedirá que o partido "fique livre" na campanha, deixando os diretórios estaduais fazerem os arranjos políticos que julgarem mais convenientes.
Meirelles vai se apresentar aos correligionários como um gestor de resultados, um homem capaz de promover a "transformação" do País. "Ele é um outsider na política, um radical de centro", comparou Jucá.
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