A decisão sobre o futuro do MDB mineiro elevou a tensão entre parlamentares da legenda. Em encontro acalorado no final da manhã desta quinta-feira (2), em Brasília, o presidente da comissão provisória do MDB, deputado Saraiva Felipe, se desentendeu com o deputado Fábio Ramalho (MDB).
Após o encontro ficou definida uma mudança na composição da comissão que decidirá no sábado (4) se lançará candidatura própria ao governo de Minas ou apoiará outro candidato.
Entre os deputados federais a preferência é que o MDB se coligue ao PT, dessa forma o partido apoiaria a reeleição do governador Fernando Pimentel e em troca participaria da coligação proporcional, podendo aumentar sua bancada na Câmara. No entanto, a medida é criticada por alguns deputados estaduais, que criticam a retomada da aliança com o PT.
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MDB de Minas ignora delegados e pode reafirmar aliança com PimentelEm manifesto, integrantes do PSB rejeitam aliança com MDB em MinasJuiz nega pedido de Antônio Andrade para voltar ao comando do MDB de MinasCresce tensão no MDB para definir alianças para a disputa eleitoralMDB recua e mantém deputados estaduais na comissão provisóriaCaberá á comissão provisória do partido votar sobre o destino do MDB de Minas. Seguindo resolução do diretório nacional, a convenção estadual do partido que estava marcada para domingo (5) foi cancelada e os delegados da legenda não vão mais votar sobre qual caminho o MDB tomará.
Até hoje, a comissão era formada por quatro deputados estaduais – João Magalhães, Tadeu Leite, Iran Barbosa e Leonídio Bouças – e três deputados federais – Saraiva Felipe, Leonardo Quintão e Newton Cardoso Jr. Com as mudanças definidas hoje em Brasília, passam a integrar o grupo os deputados federal Fábio Ramalho e Mauro Lopes. “Vamos trabalhar a partir de amanhã para acertar os detalhes da nossa chapa para a eleição e a tendência mais forte e devemos começar a discutir como vamos participar, indicando um candidato a vice-governador ou para o senado”, diz Lopes.
Nas redes sociais, o deputado estadual Iran Barbosa disparou contra a movimentação dentro do próprio partido em Brasília e culpou o PT pelas mudanças dentro da comissão provisória do MDB.
“PT quer me tirar (e mais dois estaduais) da direção provisória do MDB. Eu estou é rindo. Se conseguirem, estão ferrados.