O PSB mineiro poderá realizar duas convenções neste final de semana: além do encontro marcado para este sábado a partir das 8h – convocado pela então direção estadual da legenda para aprovar a candidatura de Marcio Lacerda a governador – o novo comando do partido pretende realizar uma reunião para bater o martelo sobre a neutralidade na disputa pelo Palácio da Liberdade.
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No entanto, na noite de quinta-feira, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, comunicou ao Tribunal Regional Eleitoral a destituição da comissão provisória do partido em Minas e a nomeação de outra, presidida por Renê Vilela, ligada ao deputado Júlio Delgado, adversário político de Lacerda e contrário à candidatura dele.
De acordo com o parlamentar, até o final desta sexta-feira a nova direção fará a convocação de uma convenção em que a candidatura de Lacerda não será colocada em votação.
“A convenção (marcada para sábado) não terá nenhuma legitimidade. Eles podem se reunir, contar histórias, mas não terá validade nenhuma”, afirmou Delgado. Isso porque, segundo ele, a palavra final será dada pela Executiva nacional.
A resolução aprovada no 14º Congresso Nacional do PSB, em março, dá à direção nacional poder de aprovar ou não as coligações em cada estado.
Aliados de Lacerda ainda acreditam que vão conseguir reverter a decisão da nacional e mantém a convenção em que a candidatura própria estará em votação pelos cerca de 160 delegados do partido.
“A convenção foi convocada pela direção anterior em uma época que ela era válida.
O grupo conta ainda com uma possível inviabilização da aliança entre PSB e PT em Pernambuco. Para garantir o acordo nacional entre PT e PSB, a direção nacional negociou a retirada da candidatura de Marília Arraes (PT) em prol de Paulo Câmara (PSB).
Em Minas, o PSB deveria retirar a candidatura de Marcio Lacerda em prol de Fernando Pimentel (PT).
Mas na quinta-feira o PT de Pernambuco aprovou a candidatura de Marília por 230 votos a 20. Como o estado tem diretório, não cabe intervenção da direção nacional na legenda pernambucana. “Se o PT bater o martelo lá, voltará a paz em Minas”, aposta uma fonte.