O ex-governador e candidato tucano ao governo de Roraima, José Anchieta Junior, tem reiterado a lideranças nacionais do partido que apoiará Geraldo Alckmin. Anchieta, porém, priorizou a pauta da segurança pública para associar a campanha à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL). Ao mesmo tempo em que ressalta sua fidelidade a Alckmin, Anchieta disse que é o "Bolsonaro de Roraima".
A situação de Alckmin é de risco também em dois palanques onde é aliado ao DEM no Centro-Oeste. No Distrito Federal, o deputado Alberto Fraga, postulante ao Palácio do Buriti, disse que "respeita" Alckmin, mas apoia Bolsonaro.
Em Goiás, o senador Ronaldo Caiado tentará conquistar o Palácio das Esmeraldas contra o governador José Eliton (PSDB), por isso rejeita receber Alckmin e acena para o candidato do Podemos a presidente, o senador paranaense Alvaro Dias, e também a Bolsonaro.
Na visita de Bolsonaro a Goiânia e Rio Verde, no mês passado, os apoiadores do candidato espalharam faixas com fotos dele e do senador. Caiado chegou a subir num carro de som onde Bolsonaro estava num evento de ruralistas, em maio, em Brasília.
O presidenciável do PSDB poderá ainda sofrer com traições nas regiões Nordeste e Norte. Apesar de o PTB ter se aliado nacionalmente ao tucano, o senador Armando Monteiro, candidato ao governo de Pernambuco, é histórico aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o visitou na cadeia em Curitiba.
Em 2014, quando perdeu a eleição para o Palácio das Princesas, Monteiro foi apoiado por Lula.
No MDB, na maior parte das "traições" candidatos a governador do partido também tentam atrair para si eleitores de Lula.
O petista conta com o apoio de João Arruda, deputado que deve ser lançado na disputa ao governo do Paraná pelo presidente estadual da legenda, o senador Roberto Requião. Ele é opositor do governo Temer e da candidatura de Meirelles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..