O PT oficializou neste domingo a candidatura do governador Fernando Pimentel à reeleição e da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado, tratando as eleições em Minas como a "trincheira da democracia" e estado estratégico para reverter o "golpe" que levou ao impeachment da petista em 2016.
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Pimentel, que responde processos por corrupção e enfrenta crise econômica no governo, falou de "perseguição" e reforçou que esteve sempre "do lado certo", lembrando dos tempos que lutou contra a Ditadura Militar. "Todo mundo sabe o que estão fazendo com o Brasil, que estão vendendo o país a preço de banana", disse. Em Minas, em contrapartida, ele negocia parte da Codemig para pagar dívidas.
Pimentel, que responde processos por corrupção e enfrenta crise econômica no governo, falou de "perseguição" e reforçou que esteve sempre "do lado certo", lembrando dos tempos que lutou contra a Ditadura Militar. "Todo mundo sabe o que estão fazendo com o Brasil, que estão vendendo o país a preço de banana", disse. Em Minas, em contrapartida, ele negocia parte da Codemig para pagar dívidas.
Ainda está em aberto a coligação com o MDB de Michel Temer, numa reedição da coligação que elegeu Pimentel em 2014, e também com o PSB, que rachou depois de acordo nacional que retira a candidatura de Lacerda em favor de Pimentel.
Não foi anunciado vice de Pimentel. Um interlocutor do PT informou que nesse sábado a posição era por um nome e nesse domingo pela manhã já mudou. Na prática, tudo pode mudar até 15 de agosto, limite para os partidos registrarem seus candidatos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
"Aqui em Minas Gerais é que vai se travar a luta decisiva. Se não ganharmos aqui, perderemos o Brasil. Somos desde aqueles que vão lutar dia a dia para eleger Lula presidente, Pimentel governador e, é claro, Dilma senadora. Esse trio é indissolúvel. Estamos nessa eleição pelo resgate da democracia. E a liberdade de Lula é a síntese da democracia no Brasil", afirmou Dilma.
A convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), ocorreu numa quadra no Bairro Vilarinho, em Venda Nova, na manhã deste domingo. Em vídeos e no discurso, o partido se posiciona como o perseguido pelos inimigos do povo, em referência ao PSDB, e enfatiza os retrocessos com o governo Temer.
Se em campanhas anteriores, o PT escondeu o vermelho, este ano, a cor do partido aparece com toda a força. O bordão é "Juntos de novo", em referência às candidaturas de Lula, Dilma e Lula. Amigos desde a juventude, os mineiros Pimentel e Dilma lutaram juntos contra a ditadura militar.
Cerca de 1 mil pessoas participaram da convenção. O discurso é de combater o golpe que tirou Dilma da presidência, em 2016, e reestabelecer a democracia.
A convenção também traz um forte apelo para a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Operação Lava-Jato desde abril e que foi lançado neste sábado, oficialmente, candidato à Presidência da República.
O tom é de que a democracia será retomada a partir de Minas Gerais, numa campanha batizada como a "Trincheira da Democracia". A todo o momento,o pedido era para os militantes tirassem fotos do evento e compartilhassem nas redes sociais.
Aécio, "escondidinho de tucano"
No evento também foi lida uma carta atribuída ao ex-presidente Lula, a respeito da disputa que será travada em Minas Gerais. O texto fala que ele foi "perseguido, condenado e preso sem nenhum crime cometido" e acusa o PSDB como um dos partidos que comandou o "golpe".
Eles reforçam que o mesmo grupo, ligado ao senador Aécio Neves, agora queria lutar contra a candidatura de Dilma ao Senado e também contra Pimentel. Com ironia, a carta diz que Aécio, com receio de enfrentar Dilma nas urnas e reeditar a disputa de 2014, agora reinventa receita da culinária e lança o "escondidinho de tucano", em referência ao fato de ele se lançar candidato a deputado federal e estar evitando participar de eventos do partido.
"Aécio Neves está lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucano. O povo mineiro não vai engolir essa receita indigesta", diz Lula na carta.
"Aécio Neves está lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucano. O povo mineiro não vai engolir essa receita indigesta", diz Lula na carta.
A convenção do PT segue à tarde para escolha da chapa de deputados estaduais e federais. Apesar disso, a tendência é que a definição fique em aberto, por causa da convenção de outros partidos, como PSB e MDB.
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