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Estado de Minas

Wellington Magalhães quebrou decoro parlamentar, decide comissão da Câmara Municipal de BH

Votação pela cassação da candidatura do vereador, que está sob regime de prisão domiciliar, deve ocorrer ainda esta semana


postado em 07/08/2018 13:39 / atualizado em 07/08/2018 13:42

O ex-presidente da Camara Municipal de Belo Horizonte, vereador Wellington Magalhaes do PSDC, que estava foragido, se entregou na 1 Delegacia de Policia Civil, no bairro Santo Antonio, na regiao Centro-Sul em abril(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O ex-presidente da Camara Municipal de Belo Horizonte, vereador Wellington Magalhaes do PSDC, que estava foragido, se entregou na 1 Delegacia de Policia Civil, no bairro Santo Antonio, na regiao Centro-Sul em abril (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Por unanimidade, a comissão processante da Câmara de Municipal de Belo Horizonte decidiu que houve quebra de decoro do vereador Wellington Magalhães (PSDC). Composta por três vereadores, Fernando Luiz, Reinaldo Gomes e Dr. Nilton, a reunião apresentou o relatório nesta terça-feira (7).

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, o presidente da comissão, Dr. Nilton, ressaltou que o vereador Wellington Magalhães teve “direito a ampla defesa”, que várias testemunhas foram ouvidas e lembrou a ausência do vereador na sessão marcada para ouvir o depoimento dele.

Dr. Nilton argumentou, também, que o fato de Magalhães ter ficado sete dias como foragido da polícia e a conduta dele durante o processo “feriram a imagem da Câmara e dos demais parlamentares”. Por fim, ele explicou que “em nenhum momento esta ação se funde com a ação do Ministério Público ou com o judiciário”. 

Com a aprovação da quebra de decoro parlamentar, a expectativa é de que a votação pela cassação do mandato de Wellington Magalhães seja realizada na quinta (9) ou sexta-feira (10) desta semana. Para ser aprovada a cassação são necessários 28 de 40 votos. 

Caso

Em abril deste ano, o Ministério Público (MP) de Minas Gerais denunciou o envolvimento de Wellington Magalhães em fraudes contra a administração pública entre 2011 e 2016. De acordo com as denúncias, ele teria participado do direcionamento de licitações e no recebimento de propina. 

O parlamentar é acusado de corrupção, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e fraude em licitações e na contratação de serviços de publicidade do legislativo da capital mineira.

Em 2016, o político teve o mando dele suspenso por 60 dias e, pelo mesmo período, em fevereiro de 2017. Magalhães reassumiu o cargo em abril do ano passado por causa do vencimento do prazo estipulado pelo TJMG. Em abril deste ano ele foi novamente afastado das funções que exercia por um pedido de prisão preventiva. 

Um mês após Magalhães ser preso, a defesa obteve habeas corpus a favor do político. Ele foi solto com a condição de usar tornozeleira eletrônica. 

Mesmo afastado, Wellington Magalhães ainda recebe salário de vereador por determinação da Justiça.
 
*Estagiário sob supervisão do editor Renato Scapolatempore 


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