Auditório superlotado, com o público se espremendo para, além de ver Dilma Rousseff, acompanhar a aula inaugural de um curso de graduação sobre Ciências do Estado, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o tema centrado no impeachment. Ovacionada pela plateia, que literalmente invadiu o anfiteatro da Faculdade de Educação, a petista apontou o que levou o país ao cenário atual e detalhou como viveu tudo. A ex-presidente também confrontou os aspectos políticos, econômicos e sociais do processo e se emocionou ao encerrar a palestra falando de Lula.
A disciplina, optativa aos alunos da UFMG, é coordenada pelo professor de filosofia do Direito, Thomas Bustamante. Além dos graduandos, o público externo pode se inscrever para acompanhar as 32 conferências com 30 professores às terças e quintas. Estão previstos debates em todos os dias ao fim das palestras. Porém, ao término desta aula inaugural, iniciada com 30 minutos de atraso para acomodação do público, não houve perguntas. Parte dos presentes subiu ao palco para cumprimentar Dilma e tirar fotos com ela. A candidata ao Senado em Minas atendeu a alguns e saiu em seguida.
“Eu nunca esperava que a resposta do público fosse tão boa assim. Muito menos que pudéssemos ter a Dilma aqui. Quem melhor que ela, que sofreu esse processo todo, para poder falar sobre?”, comentou Thomas Bustamante. A produção do curso abriu outras duas salas para a transmissão da palestra, mas não foi o bastante. Além das cerca de 200 cadeiras, os presentes se acomodaram nas rampas, escadas e próximo ao palco.
“Nossa democracia foi profundamente arranhada com esse processo. Precisamos entender e explicar o que aconteceu com um olhar teórico, crítico e científico para que não possa ocorrer novamente”, complementou Bustamante, ao apresentar a ex-presidente para a aula inaugural do curso ‘O impeachment de Dilma Rousseff como golpe de Estado’.
Na palestra, Dilma apontou o que chamou de seus dois ‘pecados’ – a alteração orçamentária e os subsídios dados a programas sociais –, que foram os pilares o impeachment. A ex-presidente explicou o processo e condenou a meritocracia, criticando o que chamou de ‘tentativas de desqualificação das políticas petistas’ que resultaram na cassação do seu mandato. “Se existe uma coisa ‘fake news’ é a meritocracia. Todos sabem o ponto de desigualdade como começamos”, disse.
Dilma afirmou que as medidas tomadas em seu governo eram necessárias e citou, por exemplo, a manutenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Temos que parar com essa história de que no Brasil se paga muito imposto. É muito grave não ter CPMF. Uma pessoa faz uma transação de R$ 100 milhões e paga 0,38% disso. Outra que faz de R$ 6 mil, paga 0,38%”, apontou.
A ex-presidente finalizou o discurso exaltando a população brasileira e defendeu Lula, preso em Curitiba. “A campanha contra ele é a sequência do golpe. Precisamos impedir a reprodução desse processo. Temos que ser capazes de lutar e resistir. Somos uma grande nação com uma grande riqueza, que é o povo. O Lula sabia disso. Lula livre”, encerrou.
A disciplina, optativa aos alunos da UFMG, é coordenada pelo professor de filosofia do Direito, Thomas Bustamante. Além dos graduandos, o público externo pode se inscrever para acompanhar as 32 conferências com 30 professores às terças e quintas. Estão previstos debates em todos os dias ao fim das palestras. Porém, ao término desta aula inaugural, iniciada com 30 minutos de atraso para acomodação do público, não houve perguntas. Parte dos presentes subiu ao palco para cumprimentar Dilma e tirar fotos com ela. A candidata ao Senado em Minas atendeu a alguns e saiu em seguida.
“Eu nunca esperava que a resposta do público fosse tão boa assim. Muito menos que pudéssemos ter a Dilma aqui. Quem melhor que ela, que sofreu esse processo todo, para poder falar sobre?”, comentou Thomas Bustamante. A produção do curso abriu outras duas salas para a transmissão da palestra, mas não foi o bastante. Além das cerca de 200 cadeiras, os presentes se acomodaram nas rampas, escadas e próximo ao palco.
“Nossa democracia foi profundamente arranhada com esse processo. Precisamos entender e explicar o que aconteceu com um olhar teórico, crítico e científico para que não possa ocorrer novamente”, complementou Bustamante, ao apresentar a ex-presidente para a aula inaugural do curso ‘O impeachment de Dilma Rousseff como golpe de Estado’.
Na palestra, Dilma apontou o que chamou de seus dois ‘pecados’ – a alteração orçamentária e os subsídios dados a programas sociais –, que foram os pilares o impeachment. A ex-presidente explicou o processo e condenou a meritocracia, criticando o que chamou de ‘tentativas de desqualificação das políticas petistas’ que resultaram na cassação do seu mandato. “Se existe uma coisa ‘fake news’ é a meritocracia. Todos sabem o ponto de desigualdade como começamos”, disse.
Dilma afirmou que as medidas tomadas em seu governo eram necessárias e citou, por exemplo, a manutenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Temos que parar com essa história de que no Brasil se paga muito imposto. É muito grave não ter CPMF. Uma pessoa faz uma transação de R$ 100 milhões e paga 0,38% disso. Outra que faz de R$ 6 mil, paga 0,38%”, apontou.
A ex-presidente finalizou o discurso exaltando a população brasileira e defendeu Lula, preso em Curitiba. “A campanha contra ele é a sequência do golpe. Precisamos impedir a reprodução desse processo. Temos que ser capazes de lutar e resistir. Somos uma grande nação com uma grande riqueza, que é o povo. O Lula sabia disso. Lula livre”, encerrou.