O governador Fernando Pimentel (PT) participou na noite desta quinta-feira (9) de jantar promovido pelo seu partido para arrecadar recursos para a campanha eleitoral à reeleição. No evento, o petista afirmou que ainda pretende trazer o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o MDB para a sua chapa.
No encontro que ocorreu no restaurante Raja Grill e teve Pimentel como estrela, participaram secretários de estado, deputados e dirigentes de estatais mineiras. A contribuição mínima foi de R$ 250.
Pimentel afirmou que Lacerda é bem vindo para concorrer na segunda vaga ao Senado em sua coligação. A primeira é da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Lacerda segue candidato ao governo, mas enfrenta batalha judicial com o PSB nacional para manter seu nome na disputa. O socialista já declaro que não apoiará Pimentel em nenhuma ocasião.
“Todos do campo democrático popular são bem vindos e creio que o Márcio é um político do nosso campo”, disse Pimentel ao chegar ao jantar.
O governador também disse ter esperança de reeditar a aliança com o MDB, que hoje compõe seu governo, mas aprovou aliança com Lacerda para as eleições de outubro. “Claro que temos interesse em trazer todos os partidos que compuseram nossa base de governo. O PSB, o MDB, todos. Sempre temos conversas com eles do MDB e acho que temos possibilidade, mas vamos aguardar, porque a questão está na Justiça Eleitoral”, disse.
Pimentel disse que o jantar de arrecadação foi promovido por seu partido e que era apenas um convidado. Segundo ele, a arrecadação de fundos não faz parte da campanha eleitoral. “Acredito que a campanha vai exigir mobilizações deste tipo”,disse. “Essa eleição vai depender menos dos partidos e negociações e mais da capacidade de mostrar ao eleitor o que está em jogo: se é esse modelo de governo que dialoga e, apesar das dificuldades avança no sentido de tornar o estado mais útil, ou retornar ao passado em que o governo comandava Minas de costas para a população”, disse.
Questionado se a reunião com os sindicatos que teve na quarta-feira – a primeira em três anos e oito meses – foi tardia, ele disse que ela ocorreu no seu tempo. Pimentel afirmou que as contas do governo já eram públicas, mas resolveu atender à demanda dos trabalhadores de compartilhar decisões em função da falta de recursos.