O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga na segunda-feira, a partir das 14h, o mandado de segurança envolvendo a polêmica sobre a candidatura de Marcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas Gerais. A ação foi ajuizada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte e pelo então presidente da comissão provisória do partido, João Marcos Lobo.
A ação contesta a competência do presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, de dissolver a comissão provisória do partido em Minas. Na semana passada, a direção nacional interveio no estado para destitir João Marcos e indicou para seu lugar René Vilela.
Na noite de sexta-feira, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do TSE, concedeu uma liminar validando a intervenção, o que na prática implicaria na suspensão da convenção marcada para poucas horas depois pelo grupo ligado a Lacerda.
No entanto, baseado em outra liminar concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) no mesmo dia, a ala favorável à candidatura própria manteve o encontro e ainda aprovou o nome dele.
No domingo a noite, o MDB também aprovou em convenção a aliança com o PSB, indicando o nome do presidente da Assembleia Legislativa Adalclever Lopes para candidato a vice.
Enquanto a briga não tem um desfecho na Justiça, o PSB nacional anulou, em convenção no domingo, a reunião realizada em Minas – com o voto favorável de Marcio Lacerda, que é integrante da executiva nacional da legenda – e aprovou aliança com a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT).
Logo depois da convenção membros do PSB nacional e estadual estiveram reunidos em Brasília, quando foi oferecido a Lacerda a candidatura a senador na chapa de Pimentel. O candidato, no entanto, recursou a proposta e manteve a sua candidatura.
Na segunda-feira, as duas alas do PSB registraram suas atas no TRE mineiro: uma com a aprovação da candiatura própria e outra com a decisão do PSB nacional. O partido tem até dia 15 para fazer o registro das candidaturas, que serão analisadas pela Justiça Eleitoral.
Ainda tramita no TRE mineiro a ação que reconheceu a validade da convenção pró-Lacerda. Ainda não há data prevista para julgamento.