Personagens principais da disputa presidencial de 2014, ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) viram seus patrimônios crescer em proporções diferentes nos últimos quatro anos, conforme os bens declarados à Justiça Eleitoral. Enquanto a petista manteve quase o mesmo patamar de recursos, o tucano mais do que dobrou o valor informado.
Dilma, que vai concorrer ao Senado em outubro, declarou nessa quarta-feira (15) ter R$ 1.937.804,20 em bens. Há quatro anos, o valor informado era de R$ 1.750.695,64. O acréscimo foi de 10%.
Entre os bens listados pela petista estão três apartamentos que somam R$ 659,4 mil, uma casa de R$ 104 mil e dois terrenos somando R$ 585,9 mil. Ela informou possuir outros R$ 427,3 mil na caderneta de poupança. Dilma declarou ainda ações (R$ 3 mil), conta corrente (R$ 51,2 mil) e jóias (R$ 72 mil), além de um automóvel de R$ 30,6 mil e outros fundos.
Cotas e quinhões
O senador Aécio Neves, que neste pleito concorre a deputado federal, declarou este ano ter um patrimônio de R$ 6.152.994,66. O valor é 245,7% maior do que os R$ 2.503.521,81 que o tucano havia declarado possuir em 2014.
Segundo a prestação atual, Aécio tem dois apartamentos somando R$ 331,5 mil, dois terrenos totalizando R$ 103,6 mil, além de R$ 959,5 mil aplicados em renda fixa e um veículo automotor de R$ 125 mil. Aécio declarou ainda três quotas ou quinhões de capital que somam R$ 4,5 milhões.
Na declaração de 2018 do tucano constam ainda jóias ou objetos de arte (R$ 33,6 mil), conta corrente (R$ 25,4 mil), outras aplicações (R$ 62 mil) e ações (R$ 217,35).
Aécio diz que houve valorização
Em nota, o senador Aécio Neves disse que os bens declarados este ao são os mesmos de 2014, porém com valorização.
"A diferença entre a declaração de 2014 e 2018 corresponde basicamente a crédito futuro a receber de R$ 3,7 milhões referente à venda de quotas de emissora de rádio, como devidamente declarado ao Imposto de Renda. Trata-se de venda realizada com pagamentos mensais e esse valor será recebido ao longo dos anos. Não há como confundir crescimento patrimonial com valorização de patrimônio pré-existente", explicou.