O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), que ostentava o título de segundo candidato mais rico do país em 2012, perdeu boa parte do patrimônio e, em 2018, ficou, neste quesito, atrás do estreante na disputa, o empresário Romeu Zema, do Partido Novo. Lacerda declarou nessa quarta-feira (15) possuir R$ 34.483.733,19.
Há 10 anos, em 2008, com R$ 55,5 milhões declarados, o socialista mineiro concorreu pela primeira vez a um cargo político e foi considerado o nome mais rico do país, na corrida pelas prefeituras.
Em 2012, quando concorreu à reeleição à Prefeitura de Belo Horizonte, o ex-prefeito informou ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) que tinha R$ 58.865.931,35. A perda de 2018 para 2012 foi de 42%, segundo os valores apresentados.
De capital a embarcação
Na declaração de 2018 para disputar o cargo de governador, Lacerda informou entre os bens ter R$ 14,5 milhões somente em quotas ou quinhões de capital. Como crédito de um empréstimo, o ex-prefeito informou mais R$ 1,1 milhão, uma casa de R$ 3,4 milhões e uma embarcação de R$ 26,4 mil. Como investimentos de mercado, Lacerda declarou ter R$ 15 milhões.
O candidato ao governo, que tem a confirmação da situação ainda nas mãos da Justiça Eleitoral por causa de um recurso do PSB, declarou ainda aplicações de renda fixa no valor de R$ 139,9 mil este ano e dois veículos: um de de R$ 175 mil e outro de R$ 1,5 mil.
A redução dos valores apresentados se deu em um fundo de investimento e quotas de participação em empresa.
Zema é o mais rico
Neste ano, o candidato mais rico da campanha ao governo é o empresário Romeu Zema, que apresentou à Justiça eleitoral um patrimônio de R$ 69.752.863,96 em bens, dos quais mais de R$ 60 milhões são em “quotas ou quinhões de capital”.