O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou adiar um depoimento de uma testemunha apontada pela defesa do candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), no processo em que é réu por injúria e incitação ao estupro. Ele responde a essa ação penal no Supremo por ter dito à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que "não estupraria a deputada porque ela não mereceria".
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Bolsonaro entra com pedido no TSE para barrar Lula de eleiçãoCapa do Estado de Minas que faz analogia entre as eleições de 2018 e a 'Corrida maluca' repercute nas redes sociaisFux disse que a data havia sido sugerida inicialmente pelo próprio deputado. "Na ocasião, cabe enfatizar, a testemunha não efetuou qualquer ressalva quanto ao fato de que lhe seria mais conveniente que a designação do ato judicial coincidisse com o período em que serão realizadas as mencionadas reuniões parlamentares, usualmente promovidas, em anos eleitorais, no início do mês de setembro", disse Fux.
"Essa apontada conveniência quanto à realização de uma audiência única em outro fator a justificar o desacolhimento do pedido ora formulado, sobretudo diante da inconsistência da justificativa apresentada", argumentou Fux.
A Procuradoria-Geral da República já tinha se posicionado contra própria autorização para tomar depoimento das duas testemunhas indicadas pela defesa. Mas Fux permitiu.
Em fevereiro, Fux havia dito que esperava concluir o processo pelos próximos seis meses, o que não se confirmou.
Após a tomada dos depoimentos, será aberto um prazo para a Procuradoria e para a defesa enviarem suas alegações finais. Nesse cenário, é improvável que a ação penal seja julgada antes do primeiro turno das eleições, em outubro..