Jornal Estado de Minas

Saiba quanto cada candidato ao governo de MG declarou de patrimônio

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Os nove candidatos que disputarão o governo de Minas Gerais declararam ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) patrimônios que vão de R$ 100 mil a R$ 69,7 milhões. Juntos, eles somam R$ 111.856.873,42 em bens acumulados. No ranking, o estreante Romeu Zema (Novo) é o mais rico, com R$ 69,7 milhões, e o advogado Alexandre Flash, que concorre pelo PCO, é o que tem menos recursos, com apenas R$ 100 mil declarados.

O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), que ostentava o título de candidato mais rico do país em 2008 e caiu para a segunda posição em 2012, quando foi reeleito para a prefeitura, perdeu boa parte do patrimônio. Com isso, este ano, aparece atrás de Zema, neste quesito.

Lacerda declarou o montante de R$ 34.483.733,19. Há 10 anos, em 2008, eram R$ 55,5 milhões declarados e, em 2012, o valor chegou a R$ 58.865.931,35. A perda de 2018 para 2012 foi de 42%, segundo os valores apresentados. Na declaração de 2018 para disputar o cargo de governador, Lacerda informou entre os bens ter R$ 14,5 milhões somente em quotas ou quinhões de capital. Como crédito de um empréstimo, o ex-prefeito informou mais R$ 1,1 milhão, uma casa de R$ 3,4 milhões e uma embarcação de R$ 26,4 mil.
Como investimentos de mercado, Lacerda declarou ter R$ 15 milhões.

Outro que perdeu dinheiro, segundo declaração entregue, foi o governador Fernando Pimentel (PT), que vai tentar a reeleição. Em 2014, o petista tinha bens da ordem de R$ 2.466.747,01, valor que este ano caiu para R$ 1.874.016,45.

A maior parte do montante declarado este ano por Pimentel vem de aplicações e investimentos (R$ 1,450 milhão). Ele informa ainda ter R$ 70,8 mil em ações; um veículo automotor de R$ 100 mil; e quotas ou quinhões de capital somando R$ 162,1 mil. Segundo a declaração, Pimentel tem ainda cota de um apartamento (R$ 24,9 mil), um terreno de R$ 13,8 mil, uma loja de R$ 37,4 mil e outros bens de R$ 13,8 mil.

Na declaração de 2014, Pimentel informava entre, outras coisas, um veículo a mais, de R$ 70 mil. Havia ainda apartamento, casa e uma sala e uma vaga de garagem que não constam da nova declaração.

O candidato do PSDB ao governo de Minas, senador Antonio Anastasia, declarou ao TRE-MG patrimônio de R$ 1.315.319,25. O valor é mais que o dobro dos R$ 562 mil que o tucano informou em 2014, quando concorreu e foi eleito para o cargo atual.

Segundo o registro apresentado na sexta feira à Justiça Eleitoral, Anastasia tem hoje R$ 750.951,44 em aplicações de renda fixa. Além disso, declarou ter um apartamento de R$ 200 mil, outros bens móveis no valor de R$ 359.516,66 e depósito bancário de R$ 4.811,15.
Em 2014, quando concorreu ao Senado, Anastasia declarou apenas um apartamento de R$ 200 mil no Bairro de Lourdes e R$ 362 mil em aplicação. Em nota, o tucano informou que o crescimento do seu patrimônio se deu por aplicações.

milionários Neste ano, o candidato mais rico da campanha ao governo é o empresário Romeu Zema, que apresentou à Justiça eleitoral um patrimônio de R$ 69.752.863,96 em bens, dos quais mais de R$ 60 milhões são em “cotas ou quinhões de capital”.

Também na faixa dos candidatos milionários, está o ex-secretário João Batista Mares Guia (Rede), que por um erro declarou R$ 145,1 milhões ao TRE. Sua assessoria se apressou em corrigir, no entanto, dizendo que o patrimônio correto é R$ 2.438.037,57. A professora Dirlene Marques (Psol) declarou ao TRE ter R$ 1.072.903 em bens. O candidato do Avante, o advogado Claudiney Dulim, informou ter R$ 820 mil em bens.

Na outra ponta, os candidatos com menos bens declarados são Jordano Metalúrgico, do PSTU, com R$ 125 mil, e Alexandre Flash, do PCO, com R$ 100 mil.

 

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