Passado o prazo para registro das candidaturas, encerrado em 15 de agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu 2.217 pedidos em Minas. A maioria dos concorrentes tenta uma vaga de deputado estadual, posto mais concorrido, com relação de 16,95 por vaga. As estatísticas ainda revelam que se fosse para traçar um perfil, os candidatos no estado seriam homens, empresários, brancos e casados, além de ter idade entre 50 e 54 anos e ensino superior completo. O número de pedidos de registro cresceu 14% em relação a de 2014. É o maior número das eleições gerais em Minas.
Os números do TSE confirmam pesquisas recentes que mediram o baixo interesse dos jovens. Na faixa entre 21 e 24 anos, apenas 40 se interessaram em lançar candidatura e, entre 25 e 29 anos, apenas 81. A faixa entre 50 e 54 anos é a que tem os mais afeitos ao trato político, com 377 candidatos, o que corresponde a 17% do total. O menor grupo, contudo, é o de pessoas entre 80 e 84 anos, apenas cinco (0,23%).
Em relação ao grau de instrução, a maioria tem o superior completo: 1.053 ou 47,5% do total. Na outra ponta, 35 apenas leem e escrevem (1,58%). A ocupação mais frequente entre os que resolveram se candidatar nas eleições deste ano é a de empresário. São 191 (8,62%). Outros 137 (6,18%) são advogados. Os que se dedicam totalmente à atividade política também ganharam destaque. Deputados que tentam se reeleger ou que declararam ter a função “deputado” como ofício são 105 (4,74%) e vereadores, 83 (3,74%). Os aposentados também marcam presença, com 101 (4,56%).
A legenda com mais candidatos no pleito também foge a pensamento inicial que marca a polarizada política brasileira atualmente. A sigla que apresentou o maior número de candidatos no pleito foi o PSL, com 179 ou 8,07% do total de concorrentes. Em seguida vêm o Avante, com 164 (7,04%), o PHS, com 141 (6,36%), e o PRTB, com 138 (6,22%). Petistas e tucanos ficaram quase empatados, com 53 (2,39%) e 51 (2,30%), respectivamente. O partido com menos candidatos é o PCO, com sete (0,32%).