O presidente do diretório nacional do PSB, Carlos Siqueira, comentou na tarde desta terça-feira a desistência oficial do ex-prefeito de Belo Horizonte em concorrer ao governo de Minas. No texto, ele classifica Lacerda como político “inseguro, vacilante e indeciso”, já que não sou compreender a natureza da política que se dá através da “construção coletiva”.
Siqueira ainda disse que a atitude de Lacerda é, na verdade, o reconhecimento de derrota que inevitavelmente ocorreria na Justiça.
O presidente nacional do PSB ainda afirmou que Lacerda esteve ciente de todo o processo e que chegou a desistir da sua candidatura com o argumento de “cuidar dos netos”, mas posteriormente quis “impor” sua candidatura por meio da judicialização.
“A atitude confere com o estilo: um político inseguro, vacilante, indeciso, que faz política sem qualquer consideração ao esteio de relações que ela implica, afirma não raro, com seu autoritarismo, uma tentativa de superar as fragilidades que promove, ao cultivar um personalismo, de natureza obviamente antidemocrática”, afirmou.
Siqueira ainda retoma o ocorrido na eleição de 2014 à Prefeitura de Belo Horizonte, quando Lacerda retirou a candidatura do empresário Paulo Brant, para apoiar o candidato do PSD, Délio Malheiros.
“Se os brasileiros, especialmente aqueles de Minas Gerais, quiserem formar um juízo mais acurado sobre o quilate desse binômio personalismo/autoritarismo, basta recordar o que ocorreu na sucessão do próprio Márcio Lacerda, na prefeitura de Belo Horizon
No começo da tarde de hoje, o ex-prefeito Marcio Lacerda anunciou no início da tarde desta terça-feira que desistiu de concorrer ao governo de Minas. O socialista informou sua retirada da disputa em uma carta intitulada "A velha política conseguiu me tirar dessa eleição".
O anúncio foi feito pouco depois de o PT dizer que não havia mais espaço para o socialista na chapa do governador Fernando Pimentel (PT) para concorrer ao Senado. Também foi depois de o Ministério Público Eleitoral emitir parecer a favor da decisão do PSB nacional, de retirar a candidatura de Lacerda.
Em carta enviada à imprensa, Lacerda diz que dois comandos partidários – o PSB e o PT – “conspiraram” contra sua candidatura ao governo e conseguiram retirá-lo da disputa “de forma antidemocrática e arbitrária, fizeram, na calada da noite, nos porões sombrios dos gabinetes em Brasília” e com “o mais podre dos conchavos políticos”.