O juiz federal Sérgio Moro colocou, nesta quarta-feira, o candidato a deputado federal Cândido Vaccarezza (Avante-SP) no banco dos réus da Operação Lava-Jato. O magistrado aceitou a denúncia do Ministério Público Federal, no Paraná, contra o ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara e contra outros nove investigados por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, em suposto esquema de corrupção relativo ao fornecimento de asfalto pela empresa americana Sargeant Marine à Petrobras.
"Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados", afirmou Moro.
A Lava-Jato aponta que Vaccarezza, líder do PT na Câmara na época dos fatos, "utilizou a influência decorrente do cargo em favor da Sargeant Marine, o que culminou na contratação, pela Petrobras, de cinco operações de fornecimento de asfalto entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 74 milhões".
"O ex-deputado usou sua força e influência políticas para atender aos interesse da Sargeant Marine e, com a contratação da empresa americana pela Petrobras, obter vantagens indevidas para si e para outros denunciados", sustenta a Procuradoria.
Um dia depois de ser denunciado, Vaccarezza afirmou a amigos que a acusação contra ele "se baseia numa delação premiada de uma única pessoa". Em mensagem, o candidato escreveu que tem "condições de disputar e ganhar as eleições".
"Amigos. O MP me denunciou ontem. Como vocês sabem esta denúncia se baseia numa delação premiada de uma única pessoa, não tem prova, não tem movimentação financeira, não tem enriquecimento ilícito. Sou inocente e vou provar a minha inocência. Temos condições de disputar e ganhar as eleições. Vamos fazer a campanha sem medo e com a certeza da vitória. O Brasil tem jeito e serei a voz da nossa base em Brasília. Nunca vou decepcionar nenhum de vocês. Forte abraço. Vaccarezza", escreveu.
O ex-deputado foi preso em agosto do ano passado na Operação Abate, 44ª fase da Lava-Jato. O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Vaccarezza, que alegou "problemas de saúde", mas com imposição de seis medidas cautelares. Uma delas, a fiança de R$ 1,5 milhão.
Vaccarezza deixou a cadeia sem pagar o montante. Na terça-feira, 14, Moro deu um ultimato ao ex-deputado: prazo de cinco dias para o ex-parlamentar acertar as contas.
Em julho, mesmo devendo R$ 1,5 milhão, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal. A "vaquinha" de Vaccarezza foi revelada pela reportagem do Estadão.
Nessa terça-feira, Vaccarezza pediu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que impeça o juiz federal Sérgio Moro de decretar sua prisão. No requerimento, a defesa do candidato afirma que "é apenas uma questão de tempo seu encarceramento ou inovação nas medidas cautelares, pois se em mais de um ano não conseguiu reunir recursos para adimplir a fiança, não o fará em cinco dias".
A reportagem está tentando contato com os citados, mas ainda não obteve retorno.
"Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados", afirmou Moro.
A Lava-Jato aponta que Vaccarezza, líder do PT na Câmara na época dos fatos, "utilizou a influência decorrente do cargo em favor da Sargeant Marine, o que culminou na contratação, pela Petrobras, de cinco operações de fornecimento de asfalto entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 74 milhões".
"O ex-deputado usou sua força e influência políticas para atender aos interesse da Sargeant Marine e, com a contratação da empresa americana pela Petrobras, obter vantagens indevidas para si e para outros denunciados", sustenta a Procuradoria.
Um dia depois de ser denunciado, Vaccarezza afirmou a amigos que a acusação contra ele "se baseia numa delação premiada de uma única pessoa". Em mensagem, o candidato escreveu que tem "condições de disputar e ganhar as eleições".
"Amigos. O MP me denunciou ontem. Como vocês sabem esta denúncia se baseia numa delação premiada de uma única pessoa, não tem prova, não tem movimentação financeira, não tem enriquecimento ilícito. Sou inocente e vou provar a minha inocência. Temos condições de disputar e ganhar as eleições. Vamos fazer a campanha sem medo e com a certeza da vitória. O Brasil tem jeito e serei a voz da nossa base em Brasília. Nunca vou decepcionar nenhum de vocês. Forte abraço. Vaccarezza", escreveu.
O ex-deputado foi preso em agosto do ano passado na Operação Abate, 44ª fase da Lava-Jato. O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Vaccarezza, que alegou "problemas de saúde", mas com imposição de seis medidas cautelares. Uma delas, a fiança de R$ 1,5 milhão.
Vaccarezza deixou a cadeia sem pagar o montante. Na terça-feira, 14, Moro deu um ultimato ao ex-deputado: prazo de cinco dias para o ex-parlamentar acertar as contas.
Em julho, mesmo devendo R$ 1,5 milhão, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal. A "vaquinha" de Vaccarezza foi revelada pela reportagem do Estadão.
Nessa terça-feira, Vaccarezza pediu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que impeça o juiz federal Sérgio Moro de decretar sua prisão. No requerimento, a defesa do candidato afirma que "é apenas uma questão de tempo seu encarceramento ou inovação nas medidas cautelares, pois se em mais de um ano não conseguiu reunir recursos para adimplir a fiança, não o fará em cinco dias".
A reportagem está tentando contato com os citados, mas ainda não obteve retorno.