O candidato à Presidência pelo MDB, Henrique Meirelles, evitou na noite desta quarta-feira, 22, em entrevista à Record TV, responder se em um eventual governo ele iria conceder indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba.
"Sou contra a politização da Justiça", afirmou o emedebista. Questionado mais uma vez, Meirelles afirmou que esta é uma decisão do Congresso.
O emedebista se esquivou também de comentar denúncias de corrupção a membros do MDB. "É a mesma situação de diversos partidos", afirmou.
Meirelles manteve a linha de discurso e defendeu as passagens que teve pelo governo: à frente do Banco Central nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Ministério da Fazenda na gestão de Michel Temer.
Ele disse ainda que defende "todas as reformas e medidas tomadas por este governo que eu participei", em referência à gestão de Temer.
Na abertura da entrevista, o candidato do MDB reconheceu que "muitos não me conhecem". "Eu nunca fui político. Eu não acho que o Brasil se divide entre os que gostam de Lula e os que gostam de Temer. Eu acho que o Brasil é dividido entre os que trabalham quando o País precisa e os que não trabalham", afirmou.
IR
O candidato sugeriu a ampliação da alíquota do Imposto de Renda de pessoas físicas e a instituição de uma faixa para cobrança sobre dividendos.
Especificamente sobre o aumento da alíquota de IR, Meirelles disse que isso é "mais eficiente que um imposto fixo" e afirmou ser contrário à criação de outro tributo. "Nós vamos estudar, temos estudos técnicos, vamos aperfeiçoar o sistema."
O emedebista sinalizou ainda que, se for eleito, pode diminuir o imposto sobre os resultados das empresas.
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