O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, não participará dos próximos debates com adversários durante o decorrer da campanha eleitoral. A informação foi confirmada durante a noite desta quarta-feira (22) pelo presidente em exercício do partido, o advogado Gustavo Bebianno, ao portal de notícias UOL.
A defesa do candidato pediu nesta quarta-feira, 22, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a antecipação do julgamento da Primeira Turma da Corte, que vai decidir se recebe ou não uma outra denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por crime de racismo.
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'O que todo mundo quer é enfrentar o Bolsonaro no 2º turno', diz AlckminBolsonaro pede ao STF antecipação do julgamento de denúncia por racismoDúvida sobre réu assumir Presidência gera 'insegurança a Bolsonaro', afirma Marco Aurélio MelloBolsonaro diz que vai participar dos três debates de TV já programadosSTF marca para próxima semana análise de denúncia contra BolsonaroA defesa de Bolsonaro quer que o caso seja discutido pelos ministros já na terça-feira da semana que vem, 28 de agosto, quando está prevista a próxima sessão da Primeira Turma do STF.
Os cinco ministros da Turma vão decidir sobre se o parlamentar se torna réu ou não pelas acusações de ofensas praticadas contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. Além de Moraes, integram o colegiado os ministros Marco Aurélio Mello (relator do inquérito), Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso.
De acordo com denúncia apresentada em abril pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em 2017, o deputado federal, em pouco mais de uma hora de discurso, "usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais".
Na denúncia, Raquel avalia a conduta de Bolsonaro como ilícita, inaceitável e severamente reprovável. "A conduta do denunciado atingiu bem jurídico constitucionalmente protegido e que transcende a violação dos direitos constitucionais específicos dos grupos diretamente atingidos com suas manifestações de incitação ao ódio e à discriminação para revelar violação a interesse difuso de toda sociedade, constitucionalmente protegido", escreveu a procuradora.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Bolsonaro não havia se manifestado até a publicação deste texto.
Com informações de Estadão Conteúdo
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