Os senadores paranaenses Gleisi Hoffmann (PT) e Alvaro Dias (PODE) trocaram farpas em entrevistas na manhã desta sexta-feira, 24, em frente à Polícia Federal (PF), em Curitiba.
O candidato à Presidência declarou que os índices do candidato petista à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, nas pesquisas eleitorais se parecem com "apologia ao crime".
A petista rebateu dizendo que o companheiro de Senado não entende o recado do povo e "está do lado errado da história".
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Moro diz ser 'inviável' comentar proposta de Álvaro DiasLula lidera corrida presidencial com 39% das intenções de voto, diz DatafolhaMeirelles usa gravações de Lula para pedir votos no programa eleitoralDentre as propostas que enumerou para a Polícia Federal está a "autonomia plena para exercício da sua atividade com eficácia, com orçamento próprio e com liberdade para realizar as operações, sem interferência política". Dias também afirmou que, se eleito, acolherá as propostas do Ministério Público Federal de combate à corrupção.
Questionado sobre os altos índices que Lula tem alcançado nas pesquisas eleitorais, o senador afirmou que esse resultado "não se consumará nas urnas".
"Ele não é um preso político, mas um político preso, esse já seria motivo para rejeição alta e absoluta, porque esse não é um país de ladrões. Esses índices até se parecem com apologia ao crime e revelam a indiferença da vítima diante do seu algoz. Chegará o momento da reflexão, da inteligência e da lucidez e as pessoas entenderão que é preciso fazer muito pelo país, mas fazer sem roubar", disse.
Pouco depois, Gleisi confrontou as afirmações de Dias.
A presidente do PT afirmou ainda que Lula, condenado em segunda instância na Lava Jato e preso na Superintendência da PF desde abril, requereu o direito de votar nestas eleições, caso ainda esteja preso até outubro.
Também disse que o político estará estrelando o programa eleitoral petista a partir de 1º de setembro. "Levará uma mensagem ao povo brasileiro", disse..