Em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais para o governo de Minas divulgadas nesta semana, o senador Antonio Anastasia (PSDB) adotou cautela e afirmou neste sábado que o cenário só se definirá com o início das propagandas de rádio e televisão.
“Até hoje encontro pessoas na rua e me perguntam 'mas o senhor é candidato?' As pessoas ainda não estão muito envolvidas na eleição. Até porque a legislação mudou e há muita restrição de propaganda. Então, me parece que a TV é que vai levar ao conhecimento das pessoas que a eleição está chegando”, disse.
O horário eleitoral gratuito começa na próxima sexta-feira. Até lá, Anastasia disse que continua com encontros, visitas ao interior e participação em debates. Sobre estar à frente do governador Fernando Pimentel nas intenções de voto, Anastasia disse que pesquisa é um sinal “de momento” e não pode se acomodar. “Ao contrário, temos que trabalhar muito para ganhar as eleições”, disse.
Desde a pré-campanha e, até então, o senador Aécio Neves, de quem ele foi vice-governador, não participou de nenhum evento com ele. Questionado sobre as campanhas separadas, Anastasia disse que Aécio é quem deveria responder. “Cada deputado faz sua campanha como achar conveniente, eu estou fazendo campanha de governador”, afirmou.
O também ex-governador, que concorreu a presidente na última eleição e agora tenta uma vaga na Câmara dos Deputados, visitou neste sábado uma fazenda em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, região com a qual ressaltou ter “fortes vínculos familiares e políticos”. “Tive a satisfação de reencontrar os ex-prefeitos de Teófilo Otoni Getúlio Neiva e Edson Soares, e diversos outros companheiros. Tenho orgulho pelo que já pudemos realizar juntos pelo Mucuri e tenho certeza de que vamos fazer muito mais”, registrou Aécio pelas redes sociais.
Anastasia participou neste sábado de um bate papo com jovens. Questionado sobre uma possível polarização entre PT e PSDB na eleição, com a saída do ex-prefeito Marcio Lacerda do pleito, o tucano rejeitou o rótulo. Segundo ele, o eleitor é soberano para decidir. Anastasia fez questão de diferenciar o que ocorreu com o candidato ao Senado de sua chapa, Rodrigo Pacheco (DEM) e o que levou Lacerda a desisitir.
Pacheco atendeu a uma decisão do seu partido nacionalmente, em razão do apoio ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), e retirou a candidatura ao governo para apoiar Anastasia, um dia depois de a convenção estadual democrata confirmar seu nome para o Palácio. Já Lacerda teve a candidatura retirada pela direção nacional do PSB, em acordo fechado com o PT, e se negou a cumprir a decisão. Ele chegou a acionar a Justiça mas desistiu na terça-feira.
“As questões nacionais fizeram que ele tivesse um gesto legítimo de adesão à minha candidatura por sua total e espontânea vontade, estamos 100% integrados. Situação totalmente diferente do que aconteceu com o Marcio Lacerda, que foi expulso da campanha pelo PT”, disse. Anastasia lembrou ainda que chegou a apoiar Rodrigo Pacheco para o governo, antes de resolver ser candidato.