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Estado de Minas

Líder nas pesquisas para o governo de Minas, Anastasia prefere cautela

Candidato do PSDB diz que quadro eleitoral será definido apenas depois do início da propaganda de rádio e TV, quando população conhecerá todos os concorrentes


postado em 26/08/2018 06:00 / atualizado em 26/08/2018 07:30

Senador Antonio Anastasia participou de bate-papo com jovens em Belo Horizonte sobre sua candidatura, na manhã de ontem (foto: HUGO CORDEIRO/DIVULGAÇÃO)
Senador Antonio Anastasia participou de bate-papo com jovens em Belo Horizonte sobre sua candidatura, na manhã de ontem (foto: HUGO CORDEIRO/DIVULGAÇÃO)

Em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais para o governo de Minas divulgadas, o senador Antonio Anastasia (PSDB) adotou cautela e afirmou ontem que o cenário só se definirá com o início da propaganda de rádio e televisão. “Até hoje encontro pessoas que na rua e me perguntam: ‘Mas o senhor é candidato?’. As pessoas ainda não estão muito envolvidas na eleição. Até porque, a legislação mudou e há muita restrição de propaganda. Então, me parece que a TV é que vai levar ao conhecimento das pessoas que a eleição está chegando”, disse.

O horário eleitoral gratuito começa na próxima sexta-feira. Até lá, Anastasia disse que continua com encontros, visitas ao interior e participação em debates. Sobre estar à frente do governador Fernando Pimentel nas intenções de voto, Anastasia disse que pesquisa é um sinal “de momento” e não pode se acomodar. “Ao contrário, temos que trabalhar muito para ganhar as eleições”, disse.

Anastasia participou de bate-papo com jovens ontem. Questionado sobre a possível polarização entre PT e PSDB na eleição, com a saída do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda do pleito, o tucano rejeitou o rótulo. Segundo ele, o eleitor é soberano para decidir. Anastasia fez questão de diferenciar o que ocorreu com o candidato ao Senado de sua chapa, Rodrigo Pacheco (DEM), e o que levou Lacerda a desisitir.

Pacheco atendeu a uma decisão do seu partido nacionalmente, em razão do apoio ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), e retirou a candidatura ao governo para apoiar Anastasia, um dia depois de a convenção estadual democrata confirmar seu nome para o Palácio. Já Lacerda teve a candidatura retirada pela direção nacional do PSB, em acordo fechado com o PT, e se negou a cumprir a decisão. Ele chegou a acionar a Justiça, mas desistiu na terça-feira.

“As questões nacionais fizeram que ele tivesse um gesto legítimo de adesão à minha candidatura por sua total e espontânea vontade, estamos 100% integrados. Situação totalmente diferente do que aconteceu com o Marcio Lacerda, que foi expulso da campanha pelo PT”, disse. Anastasia lembrou ainda que chegou a apoiar Rodrigo Pacheco para o governo, antes de resolver ser candidato.

AÉCIO NEVES


Questionado sobre as campanhas separadas dele ao governo de Minas e do senador Aécio Neves à Câmara dos Deputados, Anastasia disse que o colega de partido é quem deveria responder. “Cada deputado faz sua campanha como achar conveniente, eu estou fazendo campanha de governador”, afirmou. Desde a pré-campanha e, até então, Aécio Neves, de quem Anastasia foi vice-governador, não participou de nenhum evento com ele.

Aécio, que governou Minas por dois mandatos e foi candidato a presidente em 2014, não disputará a reeleição para o Senado. Este ano, vai tentar vaga na Câmara dos Deputados. Ele fez campanha em fazenda em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, região com a qual ressaltou ter “fortes vínculos familiares e políticos”. “Tive a satisfação de reencontrar os ex-prefeitos de Teófilo Otoni Getúlio Neiva e Edson Soares, e diversos outros companheiros. Tenho orgulho pelo que já pudemos realizar juntos pelo Mucuri e tenho certeza de que vamos fazer muito mais”, afirmou Aécio nas redes sociais.


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