O governador Fernando Pimentel (PT) afirmou nesta segunda-feira que é vítima de “perseguição” e de delações “mentirosas” e que o conteúdo delas atrapalha sua campanha à reeleição. O petista disse que ele e especialmente o ex-presidente Lula, além do PT, sofrem com os processos que não têm provas e o dano à reputação acaba surgindo.
Leia Mais
Com Pimentel ausente, Dilma pede votos para Lula em ContagemMarcio Lacerda: 'Pimentel enterrou minha candidatura'Pimentel assina decretos criando comissão com sindicatos e reclama de propostas 'milagrosas' de adversáriosPimentel diz que termina de pagar 2ª parcela dos salários dos servidores dia 31Comício em BH é marcado por críticas a tucanos e defesa de LulaPimentel lidera vaquinha virtual para campanha em MGAnastasia critica rebaixamento da nota de crédito de Minas em encontro com empresáriosNa entrevista, concedida à TV Record Minas, ele admitiu que as acusações acabam atrapalhando seu desempenho na campanha para se reeleger. Pimentel é acusado de irregularidades que são apuradas em investigação decorrente da Operação Acrônimo.
O governador Fernando Pimentel creditou a volta do crescimento à Minas quando os problemas relacionados à previdência pública forem solucionados. Segundo ele o problema é estrutural e não foram atacados anteriormente pelos governos que o antecederam. Referência direta a gestão tucana em Minas.
“Nosso desequilíbrio vem da Previdência pública. Nós vamos precisar criar um fundo que capitalize e seja uma nova forma de financiamento da previdência pública, porque só com os recursos do tesouro é impossível sustentar esse rombo”.
Ainda de acordo com Pimentel, a extinção do Funpen, fundo de previdência dos servidores estaduais, feita em 2013 pelo então governador Antônio Anastasia (PSDB). Segundo ele, na época os R$ 3,2 bilhões foram retirados e poderiam ter sido usados para capitalizar e resolver o problema.
Ainda sobre as possibilidades de crescimento e normalização do pagamento dos servidores, Pimentel afirmou que é necessário que haja alinhamento entre o governo em Minas e a Presidência para ajudar a equilibrar as finanças do estado.
Ele defendeu a saída do presidente Michel Temer (MDB) a quem chamou de “pesadelo” e disse que um governo “democrático popular” beneficiará Minas e outros estados que também apresentam dificuldades.
Saúde
Sobre saúde, o governador admitiu que existem parcelas em atraso a serem repassadas a hospitais e, mais uma vez, atribuiu ao peso da previdência nas finanças como fator preponderante para que tudo não esteja em dia.
“Nós repassamos mais em três anos que o governo passado em quatro anos. Há, sim, parcelas em atraso, o que nós vamos regularizar com toda certeza”, disse.
A Cidade Administrativa voltou a ser alvo de críticas por parte de Pimentel. Ele afirmou que pretende criar um grupo formado por diversos setores da sociedade para discutir o melhor uso para os prédios, localizados na Região Norte de BH.
Pimentel negou que haja uma espécie de “fuga em massa” das empresas do estado devido a carga tribuária. De acordo com ele, existem atualmente 91 projetos voltados para atração de empresas e R$ 5 bilhões sendo investidos. “É de 3,5% o peso do ICMS no tamanho do bolo econômico do estado”, afirmou.
Ele admitiu, contudo, a alta na alíquota da gasolina teve elevação em sua gestão, mas disse que, por outro lado, a do diesel foi reduzida e até zerada em alguns casos.
Sobre segurança, o governador disse que o modelo de bases comunitárias deve ser ampliado e que o estado vai procurar alternativas a militarização da segurança pública, como ocorre em outros estados.
Marcio Lacerda
Fernando Pimentel negou que tenha jogado a pá de cal, como afirmou o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), em entrevista ao Estado de Minas. Pimentel creditou a desistência de Lacerda em concorrer a acordos e arranjos internos do PSB que resultaram na retirada do nome dele.
“Não tem vingança nenhuma. Eu tenho uma boa relação com o Marcio e espero continuar tendo”, declarou.
MDB
Pimentel ainda negou que a ex-presidente Dilma e candidata ao Senado por Minas na chapa dele tenha exigido que o MDB não fosse aceito na chapa. Mas ele garantiu que o partido não está fora de suas possíveis alianças para governar em eventual segundo governo.
“Não houve uma exigência.